Barão

empresários. Sua construção foi financiada por ricos fazendeiros da época, que tinha a frente o coronel
Francisco Schmidt.
Teatro Carlos Gomes
A primeira peça apresentada no teatro foi à ópera ―O Guarani‖ de Antônio Carlos Gomes.
No período que marca o apogeu da economia cafeeira em Ribeirão Preto, ou seja, final
do século XIX, até os anos de 1918 do século XX, este foi palco de diversas
representações teatrais, exposições artísticas, bailes, festas, banquetes, reuniões de
políticos entre outras atividades sociais. Todavia, com a decadência econômica do
gerente das casas de entretenimentos François Cassoulet em 1918, o qual mantinha
contrato de arrendamento do teatro e, posteriormente, seu falecimento, ocorrido em 17
de fevereiro de 1919, as casas de diversões mantidas por este personagem foram
entregues aos respectivos donos. Paulatinamente, o prédio passou por períodos de
abandonos, com fases frustradas de reaberturas. É destacada no jornal A Cidade as
diversas tentativas realizadas pela empresa de Aristides Motta de resgatar a
credibilidade do teatro, perante fornecedores e público em geral. Entretanto, após a crise
econômica da década de 1930, os dias de vida deste monumento estavam contados e
lançados ao esquecimento por parte dos administradores público, culminando com a
destruição nos anos de 1940.
Atual serve como palco da Praça Carlos Gomes.
IMAGEM 14: (APHRP). Registro 44 In: Revista Brazil Magazine de 1911, Reprodução:
Tânia Registro.
Através de novas pinturas nos espaços arquitetônicos urbanísticos e/ou administrativos,
políticos, em Ribeirão Preto foram incluídos os modelos racionais da modernidade. A este respeito,
Rodrigo Paziani mostra: ―[...] Ribeirão Preto tornou-se palco de projetos de modernização que
remodelaram sua paisagem‖. 31 Deste modo, a cidade se orgulhava de ser reconhecida no território
nacional e/ou internacional através do seu filho pródigo: o café.
Entretanto, a alavanca de mudanças foi conhecida não apenas por este produto notório. O fato
de ter uma vida noturna agitada e vivenciar constantes alterações arquitetônicas motivou grandes
31 PAZIANI, R. R. Construindo a Petit Paris: Joaquim Macedo Bittencourt e a Belle Époque em Ribeirão Preto (1911-
1920). Tese (Doutorado em História) - Faculdade de História, Direito e Serviço Social da UNESP/Franca, 2004, p.17.
Na Trilha da Modernidade Cafeeira 148