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Barão

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fogão, mulher no volante...‖, entre outros prenomes que desqualificam o gênero feminino perante o<br />

status cultural e social.<br />

A questão não para por aí! Apesar de as mulheres estarem submetidas aos donos do capital<br />

tanto quanto os homens, sejam estas enquanto empregadas e/ou chefes, eles não se consideram seus<br />

pares. E por isso, resistem a sua participação ou à possível liderança nas lutas sindicais, além de<br />

prevalecerem nas suas relações às velhas idéias do patriarcado, que inferiorizam as mulheres.<br />

O próprio trabalhador vê com ―naturalidade‖ a desigual incorporação da mão-de-obra feminina,<br />

ainda marcada pela discriminação salarial. Isto se dá não só na remuneração inferior para a mulher que<br />

exercem as mesmas funções que o homem, mas também no desprestígio de certas profissões<br />

consideradas ―masculinas‖, como: motorista, serviço militar, entre outras atividades trabalhistas e<br />

esportivas.<br />

A situação foi especialmente dolorosa no século XIX, quando mulheres e crianças eram<br />

empregadas para trabalharem de quatorze a dezesseis horas diárias, com salários aviltados. Em oito<br />

de março de 1857, operárias da indústria têxtil de Nova York foram duramente reprimidas pela força do<br />

estado - polícia, porque realizavam uma passeata reivindicando a redução da jornada de trabalho para<br />

doze horas diárias.<br />

O movimento feminista no Brasil toma impulso com a participação da Bertha Lutz, que retorna da<br />

Europa em 1918 e logo depois funda urna federação voltada para a promoção da mulher, tendo<br />

conseguido algumas vitórias com relação à instrução e ao trabalho.<br />

Mesmo com a existência de Leis para a proteção da mulher e da família, ainda há prejuízos.<br />

Com a formulação e regularização das Leis trabalhistas, infelizmente predomina para evitar o risco de<br />

ausência (e da substituição) devido à concessão de licença-maternidade, certas empresas despedirem<br />

suas funcionárias quando elas se casam e/ou engravidam; a exigência da criação de creches a partir<br />

de certo número de empregadas com filhos tem sido contornada com artifícios que simulam o<br />

cumprimento da Lei. Com isso, penaliza-se a personagem feminina, corno se ela fosse culpada pelo<br />

fato de ser mulher-mãe.<br />

Responder as indagações levantadas pela história sempre foi difícil. Entretanto, com olhar atento<br />

a nova história cultural tem trazido novos ares na linha de pesquisa em história e ao historiador pelo<br />

fato de buscar analisar a cultura nas suas mais variadas esferas. Seu modo de viver, agir, pensar,<br />

sentir, seu cotidiano, problematizando o social e, não deixando de lado questões fundamentais de sua<br />

abordagem tais como a preocupação com a influência econômica, política e as relações mentais.<br />

Essa maneira de estudar e pesquisar a história impulsionou uma infinidade de temas seja ligada<br />

a cultura política, a linha social e recentemente a pesquisa em micro-historia a qual traz a disciplina de<br />

história cultural política para o gosto acadêmico. A nova história cultural vem mostrar que a pesquisa<br />

Introdução 80

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