Barão

destinadas à ordem e/ou espaços públicos freqüentados por meretrizes, desordeira, estupro, adultera,
pelos bons costumes, vagabundos e/ou sem ocupação [...]. 38
Também, publicava assuntos referentes ao cotidiano das pessoas, como casamento,
defloramentos, questão do café, pelos teatros, entretenimento, assuntos pertinentes ao poder
administrativo, jogos proibidos (briga de galo, apostas...), entre outras questões da esfera social,
econômica e política da localidade.
Estas notícias constituíam discursos normativos, que pretendiam definir o comportamento
feminino, seja por intermédio de elogios das posturas consideradas ideais e/ou através das críticas dos
modos tidos impróprios. Tal prática funcionava como um arquétipo no qual se pretendia inibir as
quebras do ordenamento público. Assim, quando os jornais aludiam publicações de brigas, mortes
promovidas por desordens, conflitos envolvendo meretrizes, prisão de jogadores, entre outras questões
das quais hoje seriam caracterizadas pelo termo de notícias sensacionalistas, estes veículos de
informação estavam causando passivamente e ideologicamente aos leitores a intimidação e medo. Tais
escândalos além de serem consideradas infrações serviam como antítese das normas esperadas e,
estipuladas como sendo corretas a serem praticadas na cultura local.
38 A este respeito ver: Cf. FRANÇA, J. L. Meretrizes na Belle Époque do Café... Op. Cit, p.85-92, parte intitulada:
“ANEXO 1 Notícia feminina durante a Belle Époque, através do Jornal A Cidade”, inserimos em anexo notícias do
ano de 1905-1916 veiculados por esta empresa jornalística.
Imprensa feminista na Ribeirão Preto de 1918-1914 175