Barão

José (Branco) Aos sete de janeiro de mil oitocentos e setenta e quatro, José filho
legítimo de João Correia falleceu de febre na idade de um anno e foi sepultado no Cemitério
desta Matriz do Ribeirão Preto e para constar faço este assunto que firmo.
Vigº Padre Ângelo José Philidory Torres 675
As anotações a partir de 22 de abril de 1877 pelo segundo vigário Padre Nunzio Grecco
apresentam apenas o nome do sepultado, a idade, o estado civil, a cor, condição de escravo, não cita a
causa da morte e em muitos casos nem mesmo a idade da pessoa falecida.
O livro nº 3 de 09/1889 a 05/1892 inicia-se em 02 de setembro de 1889, assinado pelo Vigário
Joaquim Antonio de Siqueira apresenta uma nova descrição dos sepultamentos como nome e
sobrenome na maioria dos casos, idade, cor, estado civil, causa da morte, local como o nome da
fazenda ou se o óbito ocorreu na cidade e também a nacionalidade dos falecidos, sendo que a partir de
1891 aparecem os registros de sepultamentos além de africanos, de portugueses, italianos, austríacos,
espanhóis e as causas das mortes também são mais variadas e diagnosticadas em alguns casos com
atestado médico e nome do médico, além também de alguns registros mencionarem casos em que não
houve atendimento médico.
Há uma anotação do Vigário Joaquim Antonio de Siqueira no mês de novembro de 1889 no
qual ele declara que deixa de fazer os lançamentos de cinco meses por falta de apontamento e volta
aos registros em 02 de maio de 1890.
“Deixo de fazer os lançamentos de cinco meses por falta de apontamento.
Vigário Joaquim Antonio de Siqueira.” 676
Não há nenhuma outra declaração que explique melhor essa atitude, na página seguinte a esta
declaração já se inicia o ano de 1890 no mês de maio.
O livro nº 04 inicia-se em 05/1892 até 06/1894, analisamos os registros até a data do primeiro
sepultamento no cemitério público do município, sendo que houve translado dos corpos desse terceiro
cemitério para o cemitério da Saudade.
O ultimo registro que ainda é assinalado como sepultamento no cemitério desta Matriz é de 11
de julho de 1893.
Rubem Cione cita em sua obra História de Ribeirão Preto 677 que o primeiro sepultamento feito
em quadra geral no cemitério da Saudade ocorreu em 1º de junho de 1893, citado no Livro I deste
cemitério, documento de translado de ―restos mortais do Cemitério da Catedral‖.
675 Fonte: Acervo do Arquivo da Catedral Metropolitana de Ribeirão Preto. 3º Livro de Fallecidos da Freguesia de
Ribeirão Preto – 1874 – 1889, p.01.
676 Ibid., p.08.
677 CIONE, Rubem. História de Ribeirão Preto. V Volume, 1ª edição, Ribeirão Preto: Legis Summa, 1997. p.890
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