20.04.2013 Views

Barão

Barão

Barão

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

período ocorreu uma grande epidemia de varíola, a Câmara Municipal tratou de providenciar a<br />

vacinação da população, o que ocorreu em 16 de novembro de 1875. 646<br />

A Câmara em 1875 precisou nomear uma comissão e escolher um local onde seriam<br />

sepultadas as vítimas da varíola e o local escolhido foi uma gleba da fazenda Ribeirão Preto,<br />

propriedade do então vereador Bernardo Alves Pereira.<br />

Na análise das causae mortis, que será realizada no capítulo 3, percebemos a ausência dessa<br />

doença entre as causas de morte registradas nos livros paroquiais o que confirma a existência desse<br />

cemitério circunstancial, porém não encontramos mais fontes sobre o referido cemitério.<br />

Plínio Travassos dos Santos, cita em sua obra as ruínas de um velho cemitério que poderia ser<br />

este, criado pela Câmara em 1875:<br />

―Desde 1913, freqüentando assiduamente a grande fazenda ―Martinópolis‖, em<br />

Serrinha, hoje Serra, Município de Cravinhos propriedade de J. D. MARTINS, superiormente<br />

administrada pelo amigo JOAQUIM BARRETO DIAS COSTA durante mais de vinte anos,<br />

viajando pela velha estrada que liga Ribeirão Preto a Cajuru, com saída pela ―Vila Paulista‖,<br />

víamos a margem dessa estrada, há poucos quilômetros da cidade, vestígios de velho<br />

cemitério em completa ruína provocada pelo tempo e abandono, e, naturalmente, pelos<br />

destruidores tatus, abundantíssimos nos campos da velha ―FAZENDA RIBEIRÃO PRETO.‖<br />

647<br />

Outros surtos por doenças infecto-contagiosas ocorreram nos anos de 1875, 1877, 1883, 1888,<br />

1891, 1897, 1902 e 1903, segundo o historiador José Pedro Miranda, supomos então que havia muitos<br />

cemitérios circunstanciais, mas temos poucos documentos que comprovem tal fato e toda a<br />

documentação encontrada são anotações do próprio Pedro Miranda. 648<br />

Um desses cemitérios circunstanciais é o Cemitério do Isolamento, do Hospital do Isolamento,<br />

onde eram tratados os leprosos que devido ao preconceito da sociedade em relação à doença, eram<br />

evitados os contatos físicos com os pacientes.<br />

O Hospital foi construído em 1896 e desativado em 1943, localizava-se numa área periférica da<br />

cidade onde não havia muita especulação imobiliária nem muitas pessoas, num espaço hoje ocupado<br />

pelas Ruas General Câmara, Carolina Maria de Jesus, Paraguaçu e Javari. Devido ao grande número<br />

de mortes os leprosos não eram enterrados no Cemitério da Saudade, que já existia nesse período, e<br />

sim no terreno em frente ao Hospital. 649<br />

646 ARQUIVO DA CAMARA MUNICIPAL DE RIBEIRÃO PRETO – Legislatura Municipais de 1874 a 2004, Página 14.<br />

647 SANTOS, Plínio Travassos dos, O Ribeirão Preto Histórico e para a História. Ribeirão Preto, 1948.<br />

648 SILVA, Geraldo Vicente Ferreira e. Levantamento Histórico do Cemitério da Saudade. <strong>Barão</strong> de Mauá-Ribeirão<br />

Preto, 2005, p.23.<br />

649 Ibid., p.23-24.<br />

28

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!