Barão

(Ribeirão Preto, 1870-1879)
Tamanho
Senhores Escravos
do plantel Número % % Acumulada Número % % Acumulada
1
12
23,1
23,1
12
3,4
3,4
2-4
22
42,3
65,4
59 17,0
20,4
5-9
10
19,2
84,6
66 19,0
39,4
10-29 5
9,6
94,2
76 21,8
61,2
30-49 2
3,8
98,1
68 19,5
80,7
50 e + 1
1,9
100,0
67 19,3
100,0
Total 52 100,0 - 348 100,0 -
Fonte: LOPES,Luciana Suarez. Sob os Olhos de São Sebastião. A Cafeicultura e as Mutações da Riqueza em Ribeirão
Preto, 1849-1900. 2005.Tese (Doutorado em História Econômica) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas,
Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005.p. 137. 239
Entre as atividades econômicas, as mais comuns novamente são a lavoura e a criação de
animais, desempenhadas pelos proprietários dos diversos tamanhos de plantéis. O período também
revela uma curiosidade, a década de 1870 pode ser considerada um momento de transição, da
agricultura de subsistência e da criação para a cafeicultura, que já aparece com maior relevância. 240
Também é possível perceber que na década de 1870 principiam algumas atividades ligadas ao
comércio, revelando por assim dizer, um certo desenvolvimento urbano da localidade, agora vila de
Ribeirão Preto.
Durante a década de 1880 a vila de Ribeirão Preto já se encontrava em pleno boom cafeeiro.
A Companhia Mogiana de Estradas de Ferro já estava instalada desde 1883, facilitando o
escoamento da produção, a chegada de produtos e o trânsito de pessoas, principalmente de imigrantes
nesta fase onde a escravidão já demonstrava sinais claros que não duraria muito mais tempo.
Os processos para os idos de 1880 são compostos por noventa e oito inventários, dos quais
trinta e quatro (34,7%) registravam a presença de cativos, revelando, desta forma, uma porcentagem
menor do que a apurada no período anterior. Os proprietários do sexo masculino representam a
maioria da amostra, sendo vinte do sexo masculino (58,8%) e quatorze eram do sexo feminino (41,2%).
Esses senhores e senhoras possuíam um total de 282 cativos, revelando uma posse média de 8,3 e
um desvio padrão de 10,3.
Os proprietários masculinos possuíam 55,7% dos cativos, com uma posse média de 7,6 e um
desvio padrão de 10,7. As proprietárias possuíam 44,3% dos cativos, com uma posse média igual a 8,9
e um desvio padrão de 10,2. O plantel mais comum entre os proprietários deste período é o unitário.
239 Inventários dos 1º e 2º Ofícios de Ribeirão Preto e São Simão.
240 LOPES, Luciana Suarez. 2005.Op. cit. p. 138-139.
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