Barão

O Festival do Folclore de Olímpia (FEFOL) originou-se na década de 60 e tem como principal
organizador o professor chamado José Sant‘anna. Naquela época, o professor e seus alunos
organizavam as manifestações folclóricas da cidade em um pequeno espaço físico (Colégio Olímpia),
mas com o tempo estas manifestações foram se expandindo para outras escolas e estabelecimentos
comerciais da cidade, até chegar a Praça da Matriz de São João Batista, e se transformar propriamente
no festival. O crescente êxito do evento e o espaço cada vez menor disponível na referida praça
fizeram com que houvesse a necessidade de construir uma sede própria: a Praça das Atividades
Folclóricas, hoje, o festival (que em suas etapas iniciais privilegiava o folclore local e regional) é
reconhecido como o maior do Brasil por preservar e celebrar a cultura brasileira reunindo grupos
folclóricos e parafolclóricos provenientes de diversos pontos do país em meio a outras atividades
paralelas. Na programação dos festivais, constam, além de danças e folguedos folclóricos: cursos,
palestras e seminários sobre folclore; gincana e oficina de brinquedos tradicionais infantis; exposições
de peças artesanais; campeonato de truco e de malha; festival da seresta; culinária brasileira;
espetáculo pirotécnico; feiras e eventos; desfiles de grupos folclóricos e parafolclóricos.
Os objetivos do festival são, dentre outros: difundir o folclore, contribuindo para a sua
preservação, celebrar o mês do folclore, estimular e cultivar a atividade de grupos folclóricos de vários
pontos do país e proporcionar oportunidades para o estudo e a apreciação de fatos folclóricos. Este
evento conta com cerca de duzentas mil pessoas, advindas de diversas partes do Brasil e do exterior,
além de turistas, estudantes, pesquisadores e estudiosos do assunto.
Constata-se a ampla divulgação atribuída ao Festival de Folclore em Olímpia. Além disso,
percebe-se também a influência do Festival como atividade turística para complementar fortemente a
economia de Olímpia, pois a presença de mais que o triplo de sua população total na época do
Festival, gera uma rentabilidade econômica considerável para a cidade. É inegável o elo existente entre
a cultura e a economia no caso do folclore em Olímpia, mas não se pode reduzir estas manifestações
populares à mera atividade turística e financeira, deve-se ampliar as visões e tentar compreender a
percepção popular em relação às atividades folclóricas. Para isso se fez necessário aplicar
questionários aos participantes das manifestações, bem como, à população que apenas contempla o
Festival.
2.2 – A percepção popular e a compreensão dos dados
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