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Barão

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fins dos anos sessenta à Societé de Sucréries Brésiliennes, organização francesa, tem permanecido<br />

totalmente ou quase totalmente em mãos de investidores nacionais, mas recentemente, há um<br />

aumento da entrada de capitais estrangeiros.<br />

Ressalva-se, porém, que as sociedades anônimas são, na verdade, sociedades de família. 898<br />

Existe a intenção da modernização e expansão canavieira, mas o que se verifica também é um grupo,<br />

que manifesta seu poder dentro de suas matrizes, para manutenção da sua riqueza e o casamento<br />

entre parentes é uma prática comum.<br />

Como exemplo da expressiva produção da cana e consequentemente do açúcar, temos entre<br />

1933 e 1970 um aumento do número de usinas e da produtividade que induziu a expansão da área<br />

plantada, conforme a tabela III:<br />

TABELA III - Produção de açúcar no Estado de São Paulo por volume global e volume médio por<br />

estabelecimento (usina) entre 1933 e 1972.<br />

Nº de USINAS DE<br />

AÇUCAR E ÁLCOOL<br />

PRODUÇÃO DE SACOS<br />

DE AÇÚCAR (60 kg) –<br />

volume global<br />

PRODUÇÃO DE SACOS<br />

DE AÇÚCAR (60 kg) –<br />

volume médio de<br />

produção por<br />

estabelecimento<br />

Em 1933: 29 1.828.688 63.058<br />

Em 1970: 90 31.546.965 339.215<br />

Em 1972: 93 43.282.661 480.918<br />

Fonte: IAA Anuário Açucareiro (1972)<br />

Com uma demonstração regional encontramos na tabela IV também esse considerável<br />

aumento na produção de cana-de-açúcar na região nordeste do Estado de São Paulo, que inclui<br />

Ribeirão Preto:<br />

TABELA IV – Nordeste Paulista: cana-de-açúcar, produção e área plantada de 1950 até 1980.<br />

Ano Produção<br />

Área plantada<br />

(em mil ton.)<br />

(em hectares)<br />

1950 792 18.033<br />

1960 1.978 42.880<br />

898 Um exemplo em Ribeirão Preto é a família Biagi, que recentemente foi destaque da revista Exame nº 41, edição<br />

especial de agosto de 2007, por sua participação expressiva (2ª no mercado canavieiro nacional) na produção de<br />

etanol e que tem como manchete na entrevista: “O clã do etanol”, que demonstra a importância dessa família para<br />

sustentação dos negócios e de seu status quo. Os vencedores de hoje são herdeiros dos vencedores de ontem e<br />

com a pobreza não é diferente, permanece hereditária.

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