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Barão

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5.2 Fugindo das regras em ser mulher, mãe e cidadã na Ribeirão Preto do café<br />

Iniciamos esta parte do trabalho mostrando o texto acima que apresenta como título: ―A<br />

Conquista da Mulher‖, tal fato foi apresentado em 1918. Sim, temos ciência de que a ação evidenciada<br />

no discurso tinha um local especifico que fugia da norma do padrão desejado e esperado no Brasil<br />

neste período. Todavia, a reprodução do ideário do feminismo por algum motivo acabará chegando à<br />

cidade de Ribeirão Preto no estado de São Paulo Brasil.<br />

O historiador Paulo Garde em artigo da revista DIALOGUS de 2006 apresenta um texto ―A<br />

Participação Política Feminina - apontamentos sobre Ribeirão Preto‖, o autor trabalha o período que<br />

compreende os anos de 1890-1930. Para tanto, utilizou como fontes de trabalho, atas da câmara<br />

municipal, estudiosos locais, dissertações de mestrado, monografias de conclusão de curso e jornais.<br />

Se formos trazer tais matérias para o garimpo epistemológico se percebe que Garde trabalhou com um<br />

numero razoável de fontes. Todavia, algumas questões ficam nas linhas imortalizadas da história.<br />

Conseguiu este trabalhar com o discurso apresentado nas fontes? Para quem o autor esta falando?<br />

Qual história política o autor esta narrando?<br />

No referido artigo o autor mostra ao longo do texto que o período seria de inserção da mulher na<br />

sociedade brasileira, apontada no final do século XIX início do século XX. Para tanto, escolhe como<br />

objeto a participação feminina na política ribeirãopretana. Nesta mostra:<br />

Em Ribeirão Preto, existiram várias mulheres no final do século XIX que<br />

possuíam extensas áreas de terras e cafezais [...] a fazenda Santa Thereza de<br />

propriedade de Dona Francisca Maria do Val. A fazenda possuía cerca de 1.300<br />

alqueires de extensão e cerca de 800 mil árvores de café; possui cerca de 120<br />

famílias totalizando 1.500 trabalhadores. O complexo para beneficiamento do café<br />

era movido à eletricidade gerada na própria fazenda Dona Francisca do Val residia<br />

na cidade de São Paulo na Alameda dos Bambus, sendo a fazenda administrada<br />

por Theotonio Monteiro de Barros. 2<br />

Concordamos com Garde quando coloca tais referências sobre Dona Francisca Maria do Val.<br />

Entretanto, este não menciona que residir em São Paulo em área privilegiada é garantir além do status<br />

social, a evidência do poder econômico e ainda seria uma forma de estar próximo de pessoas atuantes<br />

da política paulista.<br />

Paulo Garde prossegue na escrita mostrando mais uma mulher que similar a Francisca do Val<br />

também possuía propriedades na região de Ribeirão Preto:<br />

2 ZAMBONI, M. C. A Mogiana e o Café – Contribuições para a História da Estrada de Ferro Mogiana. Franca: FHDSS,<br />

1993 (Dissertação de Mestrado em História). Apud GARDE, P. A Participação Política Feminina - Apontamentos<br />

sobre Ribeirão Preto. In: DIALOGUS. Ribeirão Preto, v.1, n.2, 2006, p.127-128.<br />

Imprensa feminista na Ribeirão Preto de 1918-1914 155

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