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Barão

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As negociações para sua fundação surgiu da necessidade de ampliar a atuação maçônica na educação e,<br />

de fato, foi considerado como um projeto audacioso que pudesse oferecer um ensino moderno para até<br />

280 alunos, equiparando-o ao Ginásio Nacional.<br />

Em 1910 a loja decide ampliar sua atuação no âmbito educacional e aprova o audacioso projeto de fundação do Ginásio<br />

<strong>Barão</strong> do Rio Branco.<br />

O referido projeto previa a compra pela loja do Colégio Furquim, de propriedade do Ir∴Aureliano Furquim Leite, e a<br />

equiparação deste ao Ginásio Nacional. Tudo isso foi efetuado com a aprovação da loja, que concedera ao Venerável<br />

Mário de Castro Pinto plenos poderes para realizar toda a negociação, da qual participaram o Ir∴Furquim Leite e o<br />

Ir∴Arthur Soares de Moura, responsável pela sua viabilização jurídica. 586<br />

O Ginásio Nacional, antigo Colégio D. Pedro II, passou a ter essa denominação por ocasião da<br />

proclamação da República. Referência em ensino foi no Ginásio Nacional que os intelectuais idealizadores<br />

da República depositaram suas expectativas de formação dos novos cidadãos, em consonância com o<br />

novo espírito de modernidade que se colocava em pauta.<br />

Segundo Rosana Llopis, doutoranda da UFF, apesar de ter sido símbolo da monarquia o Colégio D. Pedro<br />

II abrigou muitos intelectuais simpáticos à República. Tornou-se, portanto, depois da proclamação, em um<br />

centro de difusão de uma cultura republicana, moderna. Para a autora, ―concebido como ‗colégio Padrão‘<br />

exerceu o papel de verdadeira agência formadora de grande parte da elite intelectual da recém-fundada<br />

República”. 587<br />

Pode-se compreender então quão audacioso era o projeto do Ginásio <strong>Barão</strong> do Rio Branco,<br />

pretendeu-se, através dele, estabelecer o centro formador da intelectualidade republicana em Ribeirão<br />

Preto. E aí sim, pode-se verificar o início de uma compreensão liberal de educação baseada em novos<br />

métodos.<br />

No Almanach Ilustrado de Ribeirão Preto, documento já mencionado no capítulo anterior, algumas<br />

páginas foram dedicadas a divulgar o Ginásio <strong>Barão</strong> do Rio Branco. Nelas, um texto caloroso em favor das<br />

aptidões humanas e algumas fotos que nos permitem comprovar a existência de elementos bem próprios<br />

do ensino liberal.<br />

586 Ibidem P.23-24.<br />

587 ALVES, Rosana L. O Ginásio Nacional sob a direção de José Veríssimo Dias de Mattos. In: III Congresso Brasileiro de<br />

História da Educação, 2004, Curitiba. II Congresso Brasileiro de História da Educação: A Educação Escolar em Perspectiva<br />

Histórica. Curitiba: Editora Universitária Champagnat, 2004. V. III. P. 108.<br />

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