Barão

Expansão urbana
Conforme mostra a arquiteta Adriana Capretz em Ribeirão Preto existia dois
mundos dicotômicos. A imagem permite visualizar o modelo adotado pela elite
cafeeira que isola a classe trabalhadora da plutocracia, nisto o núcleo colonial
Antônio Prado representou claramente a indiferença social. Percebe que a cidade
foi recortada no intuito de evitar a proliferação de doenças, modelo de higienização.
Tendo por base a separação apontada pela autora percebe que as edificações de
numero 1-6 serviam colo pontos de manutenção da ordem e higiene: 1ª Cemitério;
2ª Santana Casa; 3ª Matadouro; 4ª Leprosário; 5ª Cemitério de leprosos; 6ª Asilo
de mendigos; 7-8 pontos de transportes: 7ª Estação do Barracão; 8ª Estação SP-
MG; as construções 9-14 estavam ligadas ao comercio: 9ª Cervejaria; 10ª Ind.
Matarazzo; 11ª Fábrica de Bebidas; 12ª Cerâmica São Luis; 13ª Silos CEAGESP;
14ª Casa Giroto; não obstante o traçado de numero 15ª estava fixado às
residências de populares; 15ª Casas populares. As imagens localizadas no rodapé
indicam a área central da cidade: 1ª Teatro Pedro II e 3ª Teatro Carlos Gomes,
locais de lazer e entretenimento cultural da elite; 2ª Palacete Innecchi e Sociedade
Recreativa, o primeiro indica o poder e a ostentação econômica que permitiu a
certos indivíduos edificar construções de acordo com o padrão de beleza admirado
no período, a segunda permitiu conforme o próprio nome indica a recreação de
atividades de lazer, todavia de uma sociedade especifica; área 4-5: 4ª Catedral e 5ª
Palácio Episcopal, a primeira é tida como local específico de descanso da alma, a
segunda serve como repouso Episcopal; 6ª Palacete Rio Brando – Prefeitura,
ainda hoje serve como local do poder executivo.
IMAGEM 16: SILVA, A. C. B. Expansão urbana e formação dos territórios de
pobreza em Ribeirão Preto... Op. Cit., p.106.
Na Trilha da Modernidade Cafeeira 151