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Barão

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adota ideais mais racionais baseados inclusive no deísmo. Segundo consta nos documentos divulgados<br />

pelo sitio da Maçonaria Lusófona:<br />

O Rito Escocês Antigo e Aceito resolveu definitivamente o problema que tinha por objetivo conservar na Maçonaria os<br />

ensinamentos filosóficos que, há séculos, se agruparam em torno do pensamento primitivo e simples, em que a<br />

Maçonaria está estabelecida. Cada iniciação evoca a lembrança de uma religião, de uma escola, ou de alguma<br />

instituição da Antigüidade. Estão em primeiro lugar as doutrinas judaicas. Vêem em seguida os ensinamentos baseados<br />

no cristianismo e representados, sobretudo pelos Rosa-Cruz, esses audazes naturalistas que foram os pais do método<br />

de observação e procura da verdade, de onde saiu a ciência moderna. Portanto, as iniciações do Escocismo reportam-se<br />

aos Templários, esses cavaleiros hospitalares e filósofos nos quais os maçons dos Altos Graus glorificam a liberdade do<br />

pensamento corajosamente praticada numa época de terrorismo sacerdotal. 562<br />

Enquanto o rito Francês ou Moderno:<br />

O rito, embora criado sob moldes racionais, seguia a orientação dos demais, em matéria doutrinária e filosófica,<br />

baseada, entretanto, na primitiva Constituição de Anderson, com tinturas deístas, mas largamente tolerante, no que<br />

concerne à religião. (...) Em 1872, depois de estudos iniciados em 1867, o Grande Oriente da Bélgica suprimia, de seus<br />

rituais, a invocação do G.'.A.'.D.'.U.'. [Grande Arquiteto do Universo] Essa resolução aboliu a invocação, mas não a<br />

fórmula do G.'.A.'.D.'.U.'., como freqüentemente se afirma. Era a tolerância, elevada ao máximo, que motivava o Grande<br />

Oriente a rejeitar qualquer afirmação dogmática, na concretização do respeito à liberdade de consciência e ao livre<br />

arbítrio de todos os maçons. O Grande Oriente e a Grande Loja da França, porém, doutrinariamente, continuam a<br />

manter a fidelidade àqueles antigos usos, relativos ao respeito à liberdade absoluta de consciência. 563<br />

O fato do rito Francês ou Moderno suprimir a invocação do Grande Arquiteto do Universo – Deus, na<br />

concepção maçônica – de suas reuniões, gerou cisões e conflitos nas maçonarias do mundo todo. Essa<br />

nova forma de se comportar em relação à Deus e à ciência pode nos indicar uma maior influência do<br />

racionalismo nessa vertente, embora isso não seja discutido na literatura maçônica que se divulga para o<br />

grande público, já que se tratam de preceitos secretos.<br />

No Brasil, enquanto as lojas adotaram cada vez mais o rito escocês, o GOB permaneceu sob os preceitos<br />

do rito Francês ou Moderno gerando grandes embates e rompimentos. O fato é que tanto um rito quanto o<br />

outro preservam a defesa do liberalismo um de uma forma mais filosófica, resguardando todo o simbolismo<br />

maçônico, o outro de uma forma mais radical, chegando a não permitir os rituais que invocavam Deus.<br />

Desde sua origem, em 1717, na Inglaterra e, principalmente depois de sua expansão para a França por<br />

volta de 1725 a maçonaria dava traços da defesa do liberalismo. Ao citar Reinhart Koselleck, Alexandre M.<br />

562 O RITO. Disponível: site PORTAL MAÇÓNICO. URL: www.maçonaria.net. Consultado em: 23/11/2009.<br />

563 Ibidem<br />

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