Barão

Pesquisar os possíveis embates entre essas duas camadas sociais, patronal e empregado, possibilita
identificar as resistências e buscas de uma vida profissional melhor.
Por meio de análises e comparações de jornais, artigos e revistas do recorte pesquisado – de
1975 / 1984 – procuraremos identificar a implantação e o desenvolvimento do Pro Álcool; as condições
de vida do trabalhador do campo, as greves e as manifestações por melhoria de condições no trabalho.
Tendenciosos ou não os textos de jornais ou revistas, cabe ao pesquisador identificar possibilidades,
manusear as fontes e em meio à cientificidade histórica estar propenso a trabalhar também a arte de se
escrever a História.
No primeiro capítulo demonstraremos a origem e a importância da cana-de-açúcar com as
práticas econômicas de cada época no Brasil, no Estado de São Paulo e na região de Ribeirão Preto.
No segundo capítulo apresentaremos as inovações tecnológicas canavieiras e o Pro Álcool,
primeira e segunda fase, com o objetivo de salvaguardar a economia nacional e que teve como
conseqüência o desenvolvimento industrial, graças ao carro movido a álcool. E a partir da terceira fase
do Pro Álcool o começo do declínio desse programa econômico.
No terceiro capítulo identificaremos o trabalhador rural no recorte pesquisado, suas
manifestações e greves, que tem direitos e deveres, papéis sociais, sentimentos e esperanças.
Conhecer sua história vista de baixo, que paradoxalmente, tem uma história grandiosa, participante e
que na maioria das vezes não percebemos.
Seguem-se, então, as considerações finais, o meandro da profissão bóia fria e as
possibilidades e tramas do retorno a sua origem: a terra.