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Barão

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de meados do Império e início da Primeira República, com o título de coronelismo. Indicando a origem<br />

de sua formação, para Leal, o caráter primordial para esse acontecimento foi o fortalecimento, de certa<br />

forma forçado do poder político local, através do distanciamento do governo central, originando assim a<br />

manifestação do poder privado 65 .<br />

Demais autores também trabalham o período e o conceito de coronelismo. Maria de Lourdes<br />

M. Janotti aborda em O coronelismo: uma política de compromissos, os aspectos relacionais existentes<br />

nas oligarquias regionais no Brasil nas questões políticas. A autora, reafirmando a linha metodológica<br />

da longa duração, afirma que essas políticas são heranças do nosso período colonial, formado pelos<br />

funcionários da metrópole devido ao distanciamento da colônia para seu Reino. Assim, com o término<br />

da colônia, a estrutura oligárquica já se encontrava formada, mas com o poder legitimado pelo próprio<br />

governo central. Chegada a República, o antigo coronel da imperial Guarda Nacional passa a dominar<br />

e comandar territorialmente suas regiões 66 . José Murilo de Carvalho, em Mandonismo, Coronelismo,<br />

Clientelismo: uma discussão conceitual, discute o caráter conceitual dessas características<br />

demonstrando que, cada conceito exposto acima detém elementos ímpares, pertinentes a um<br />

determinado período, a uma determinada localidade 67 .<br />

Outro ponto de destaque na elaboração deste trabalho remete-se as origens desta oligarquia<br />

regional brasileira. Obedecendo a linha metodológica a qual nos propusemos a utilizar para discorrer<br />

sobre esse tema, utilizamos uma bibliografia que nos auxiliou para traçar essas origens desde os<br />

tempos mais remotos de nossa História, para poder dessa forma, analisar a formação oligárquica da<br />

Região de Ribeirão Preto no contexto histórico. Apenas para explicitar nesta pequena introdução a<br />

linha que será utilizada para tratar os subtemas propostos, a obra de Raymundo Faoro Os Donos do<br />

Poder, nos remete as origens do patronato político no Brasil, como essas elites oligárquicas surgiram, e<br />

como se estenderam até o período republicano 68 .<br />

Regionalmente, usaremos de Richard Morse, em Formação Histórica de São Paulo, que trata<br />

muito bem da formação oligárquica paulista, desde sua origem, passando pela afirmação cultural e<br />

econômica e política até as relações patriarcais de apadrinhamento, uma das características da política<br />

de compromisso 69 . Outro nome lembrado e com uma de suas obras muito utilizadas foi Thomas Walker<br />

e sua obra Dos coronéis à metrópole, que trabalha a oligarquia ribeirãopretana e seus aspectos<br />

65 LEAL, Victor Nunes. Coronelismo, Enxada e Voto: o município e o regime representativo no Brasil. 3ª ed: Rio de Janeiro;<br />

Editora Nova Fronteira, 1997.<br />

66 JANOTTI, Maria de Lourdes M. O coronelismo: uma política de compromissos. São Paulo; Editora Brasiliense,<br />

1981.<br />

67CARVALHO, José Murilo de. Mandonismo, Coronelismo, Clientelismo: uma discussão conceitual. Dados vol.40<br />

nº2 Rio de Janeiro, 1997. Acessado em 18/09/2008.<br />

68 FAORO, Raymundo. Os Donos do Poder: Formação do Patronato Político Brasileiro. 7ª ed.: Rio de Janeiro;<br />

Globo, 1987.<br />

69 MORSE, Richard M. Formação Histórica de São Paulo. São Paulo. Difusão européia do Livro, 1970.<br />

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