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Transformações fúnebres em São Paulo (1850-1860) 612 analisa as transformações fúnebres em São<br />

Paulo, destacando algumas das principais características que marcaram a passagem do sepultamento<br />

do âmbito sagrado da igreja para o cemitério público.<br />

O presente trabalho pretende contribuir de forma historiográfica a respeito da morte e do<br />

morrer a partir de um estudo de caso e também abordar um aspecto da história local ainda não<br />

realizado: investigar a morte e o morrer em Ribeirão Preto na época de funcionamento de seus três<br />

primeiros cemitérios controlados pela igreja entre 1867 a 1892, início dos registros no Livro de Óbitos e<br />

Doações do Fabriqueiro e nos Livros Paroquiais de Óbitos, de 1872 e 1890, ano que é promulgada a lei<br />

de secularização dos cemitérios no Brasil, tendo como foco a transferência de local de sepultamentos<br />

da igreja matriz para o cemitério público, o processo de higienização e um estudo sobre as principais<br />

doenças e causae mortis e seus registros nos livros paroquiais da época.<br />

As principais fontes utilizadas foram fontes primárias como: documentação eclesiástica,<br />

documentação administrativa da Câmara Municipal de Ribeirão Preto e documentos do Arquivo Público<br />

e Histórico de Ribeirão Preto.<br />

A documentação eclesiástica utilizada foram os livros paroquiais de óbitos da cidade, no<br />

período de 1872 a 1893. Nestes livros estão presentes informações relativas aos sacramentos, causas<br />

das mortes, entre outras. O primeiro Livro de óbitos foi aberto em 01 de abril de 1872, pelo padre<br />

Ângelo José Philidory Torres, sendo um livro de óbitos de filhos de escravos e os demais livros de<br />

registros de óbitos da população do município (1874 a 1893).<br />

A documentação administrativa é composta por documentos e Atas da Câmara Municipal de<br />

Ribeirão Preto, referentes à construção e manutenção do cemitério municipal.<br />

No Acervo do Arquivo Público de Ribeirão Preto pesquisamos fontes digitalizadas do Livro de<br />

Óbitos e Doações de 1865 a 1870, que detalhava as doações feitas à construção da primeira Matriz de<br />

São Sebastião do Ribeirão Preto e os primeiros registros de óbitos anotados e cobrados pelo<br />

Fabriqueiro da época. Foram coletadas também no Arquivo Público imagens de mapas de Ribeirão<br />

Preto com a localização do cemitério velho e fotos da primeira capela e das áreas dos antigos<br />

cemitérios.<br />

O trabalho está dividido em três capítulos, de acordo com a seguinte estrutura:<br />

No primeiro capítulo abordaremos os aspectos históricos da morte, a análise da representação<br />

da morte de acordo com os ideais da ―boa morte‖, as transformações nos costumes fúnebres e a<br />

origem histórica dos cemitérios.<br />

612 PAGOTO, Amanda Aparecida. Do âmbito sagrado da igreja ao cemitério público: Transformações fúnebres em<br />

São Paulo (1850 – 1860). Imprensa Oficial. São Paulo, 2004.<br />

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