Barão

comunidade israelita encontrar novos locais para construir seus cemitérios, pois mesmo com o
esgotamento do cemitério, nenhum corpo pode ser retirado. 625
Na atualidade temos um novo padrão de cemitério, o Cemitério Vertical, que é um edifício onde
cada andar representa uma quadra do cemitério horizontal; o conjunto de gavetas colocadas lado a
lado e superpostas forma andares e o sepultamento é feito acima do nível do solo. As gavetas
são chamadas de lóculos (igual às catacumbas) e possuem uma tubulação para aspiração de gases
provenientes da decomposição dos corpos, estes gases devem ser tratados antes de serem dispersos
na atmosfera.
Outra categoria de cemitério seria o monumento fúnebre, onde são exaltados os heróis da
nação e personalidades importantes, denominado de memorial, obelisco ou panteão, abriga os
cadáveres dos grandes heróis e personalidades da pátria. A sua construção tem por objetivo
homenagear os mortos ilustres e reafirmar a pátria e a nação. 626
1.4 As Catacumbas e os enterros nas igrejas
As catacumbas foram fortes elementos para o cristianismo onde começaram as primeiras
manifestações de arte religiosa, adoração aos santos, mártires e até celebrações de missas durante a
perseguição aos cristãos. A origem do termo catacumba vem do cemitério anexo à igreja de São
Sebastião (Itália), onde as pessoas eram sepultadas nas cavidades. 627
Em Roma, as catacumbas eram cemitérios conhecidos de todos, cavados numa pedra macia
no exterior da muralha – os cemitérios eram proibidos dentro das cidades. Apresentavam-se como
galerias ao longo dos quais os restos mortais eram enterrados em nichos ou em sepulturas cavadas no
chão, às vezes com cinco andares de galerias superpostas. Eram parecidas com os cemitérios verticais
modernos, a diferença é que as galerias eram subterrâneas. 628
Sua utilização como cemitério foi progressivamente caindo em desuso a partir do momento que
eram transformadas em lugares de peregrinação. Os últimos sepultamentos são de 560 e devido às
invasões os papas retiraram aos poucos os restos dos mártires e os transferiram para os santuários
urbanos, caindo assim sua história no esquecimento, só sendo redescobertas em explorações, tendo
somente no século XIX caráter sistemático. 629
625 REZENDE, Eduardo Coelho.Cemitérios, Op.cit., p. 24.
626 Ibid., p.24-39.
627 REZENDE, Eduardo Coelho. Op.cit., p.20
628 DELUMEAU, Jean. BONNET, Sabine Melchior. De religiões e de Homens. São Paulo, Loyola, 2000, p.85
629 Ibid., p.86-87.
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