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Barão

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na década de 1920. Além disso, a variedade de produtos enlatados e laticínios possibilitaram agregar<br />

valores em marcar. Deste modo, foi processada uma variedade de transformação na industrialização<br />

dos gêneros alimentares, surgem às redes de fast-food (lojas de alimentos rápidos), os supercenter<br />

(grandes lojas, redes de supermercados). É um período em que no mesmo tempo no qual o mundo<br />

passava por desordem no plano político e das relações internacionais do entre guerra-fria, surgiam<br />

novas formas de produtos, consumo e oportunidades econômicas.<br />

Sem fugir das lutas e não se amedrontando a juventude que participou das rebeliões dos anos<br />

60 favoreceram por intermédio de suas ações as mudanças sociais de tempos posteriores.<br />

Contradizendo gerações anteriores: ―as revoluções raramente são feitas pelos mais velhos, muitos<br />

revolucionários que tiveram êxito na tomada do poder envelheceram eles próprios no poder. 8 Assim,<br />

tais movimentos eram sinais claros de que algo estava mudando nas relações e representações do<br />

universo cotidiano e mental das relações culturais e sociais no ocidente.<br />

1.2 Brasil Constituição de 1934: voto de saia conquista do feminino<br />

O Brasil não é isso. É isto. O Brasil, senhores, sois vós. O Brasil é esta<br />

assembléia. O Brasil é este comício imenso de almas livres. Não são os comensais<br />

do erário. Não são as ratazanas do Tesouro. Não são os mercadores do<br />

Parlamento. Não são as sanguessugas da riqueza pública. Não são os falsificadores<br />

de eleições. Não são os compradores de jornais. Não são os corruptores do sistema<br />

republicano. Não são os oligarcas estaduais. Não são os ministros de tarraxa. Não<br />

são os presidentes de palha. Não são os publicistas de aluguel. Não são os<br />

estadistas de impostura. Não são os diplomatas de marca estrangeira. São as<br />

células ativas da vida nacional. É a multidão que não adula, não teme, não corre,<br />

não recua, não deserta, não se vende. Não é a massa inconsciente, que oscila da<br />

servidão à desordem, mas a coesão orgânica das unidades pensantes, o oceano<br />

das consciências, a mole das vagas humanas, onde a Providência acumula reservas<br />

inesgotáveis de calor, de força e de luz para a renovação de nossas energias. É o<br />

povo, num desses movimentos seus, em que se descobre toda a sua majestade. 9<br />

A Primeira República foi orquestrada pela elite nacional que desejavam o processo<br />

modernizante. Deste modo, à Primeira República não se fez ―pública‖. Está, teve como conseqüências<br />

imediatas alterações impostas que vinham de cima para baixo nas quais a população assistiam<br />

―bestializadas‖ mudanças de códigos e símbolos em que o universo privado era invadido por alterações<br />

radicais que feriam tradições.<br />

8 MARK, A. O livro de ouro das Revoluções... Op. Cit., p.15.<br />

9 BARBOSA, R. Em famoso discurso pronunciado no Teatro Lírico do Rio de Janeiro numa quinta-feira, 20 de<br />

março de 1919, em plena campanha presidencial, é quem nos introduz as reflexões sobre as venturas e<br />

desventuras da moderna política brasileira, vale dizer, da política que se inaugura num Brasil republicano e pósabolicionista.<br />

Apud GOMES, A. C. A política brasileira em busca da modernidade: na fronteira entre o público e o<br />

privado. In SCHWARCZ, L. M. (Org.). História da vida privada no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, v.4, 1998,<br />

p.490.<br />

Jorge Luiz de França 93

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