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Barão

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atribuída a Martim Afonso de Sousa a importação dos primeiros escravos africanos, no entanto,<br />

reduzidos numericamente em todo o Brasil, antes da criação dos governos gerais.<br />

Entretanto, esta fase açucareira paulista registra uma curta duração, segundo Ernani Bruno,<br />

―[...] Em 1587 registravam-se apenas quatro ou cinco engenhos na Capitania de São Vicente, mas seus<br />

melhores dias já haviam passado [...]‖. 188 Faltavam produtos na região como tecidos e outras<br />

mercadorias, além de gado e outros mantimentos para a sobrevivência dos habitantes do local. Em<br />

meados de 1630 o número de engenhos se reduziu ainda mais, consagrando definitivamente a<br />

decadência. Ainda de acordo com Ernani Bruno,<br />

O centro de atividade da economia açucareira, na parte meridional da<br />

colônia, originariamente localizado em São Vicente, transferira-se para o Rio de<br />

Janeiro, onde florescia como atividade de importância, da qual participavam o<br />

governador da capitania e até moradores do planalto paulista. 189<br />

Durante o século XVIII existem registro de tráfego de muares, o que proporcionava uma<br />

parcela ponderável das rendas da capitania, apesar de ser um período considerado de decadência<br />

econômica.<br />

A partir do último quartel do século XVIII, de acordo com Ernani Bruno,<br />

[...] a Capitania de São Paulo passa a participar como outras áreas do Brasil,<br />

de um surto de prosperidade. O esgotamento das minas, evidente desde 1770,<br />

possibilitou o reflorescimento da atividade para exportação ligada ao cultivo do solo,<br />

o que também significava o retôrno ao tipo tradicional de exploração,<br />

essencialmente agrária, o qual, como já assinalamos, constituiu a característica<br />

fundamental de desenvolvimento da área paulista, até época recente. 190<br />

Este revigorar da economia da capitania e depois da província estaria ligado a intensificação do<br />

plantio da cana-de-açúcar e do início da cultura do café, que juntamente formariam a base da<br />

economia de São Paulo até o início do século XIX.<br />

Os canaviais, a partir do final XVIII, se alastravam por vastos territórios paulistas, ocupando o<br />

que antes era mata virgem. Itu, famoso por suas terras de cor escura ―preta‖, desponta como município<br />

pioneiro entre aqueles municípios produtores de açúcar.<br />

188 BRUNO, Ernani Silva. Op. cit. p. 22.<br />

189 Idem., Ibidem, p. 22;<br />

190 Idem., p. 28.<br />

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