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Barão

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pessoas. E eis aí por que a colaboração entre a Igreja e o Estado deve ser considerada como o regime<br />

normal das suas relações.... 53<br />

Anexo 5<br />

“REFORMA AGRÁRIA”<br />

O BRASIL, por natureza, é chamado a ser uma grande potência agrícola no mundo. Suas terras<br />

imensas e seu clima tropical atribuem-lhe uma vocação de celeiro do mundo, a realizar-se num tempo<br />

não muito remoto, embora nós, brasileiros, não tenhamos uma inclinação muito acentuada para o<br />

cultivo da terra. Somos pródigos, porque temos demais.<br />

A QUESTÃO agrária é um dos maiores problemas, senão o maior, que nós temos que enfrentar e<br />

resolver no momento: porque é problema-base, a questão-chave para todos os problemas e questões.<br />

É a terra cultivada e a pecuária desenvolvida que irão fornecer alimentação para o povo, matéria-prima<br />

para a indústria e divisas para o país no setor de exportação.<br />

POR ISSO, é motivo de jubilo para nós a aprovação do ―Estatuto da terra‖, que o executivo enviou ao<br />

Congresso e o Parlamento acaba de sancionar, apesar das obstruções e multilações. É a tão<br />

propalada e tão combatida reforma agrária, inclusive com o parágrafo da desapropriação dos<br />

latifundios e terras abandonadas por títulos da dívida pública, modificando-se assim o item da Carta<br />

magna que tanta celeuma causou. (A verdade sempre se impõe e brilha por si mesma!).<br />

NÃO é a reforma completa nem perfeita, porque o problema assume a esta altura, proporções<br />

gigantescas e abrange desde a reforma do ministério da Agricultura, até a restruturação dos portos<br />

fluviais e marítimos, desde a construção de estradas, armazéns e silos até a criação de fontes de<br />

financiamento a longo prazo, desde o preparo técnico do lavrador até a garantia de preços mínimos<br />

para os produtos.<br />

MAS, afinal era preciso começar (e talvez só um governo revolucionário poderia fazê-lo.) era<br />

necessário dar o primeiro passo. O Estatuto da terra, que o Congresso acaba de sancionar, é um<br />

primeiro esforço, ingente e louvável, para a reestruturação agrária do país.<br />

LOUVADO, pois, a atitude do governo no seu Presidente e nos seus parlamentares, que começam a<br />

caminhar em direção ao povo, fazemos votos para que o ―Estatuto da terra‖ não seja mais uma letra<br />

morta, entre tantas, mas se concretize com maior rapidez possível. 54<br />

53 A Igreja e o Governo. Diário de Notícias, Ribeirão Preto, 02 jun. 1965. Coluna Nosso comentário, p. 2.<br />

54 Reforma Agrária. Diário de Notícias, Ribeirão Preto, 15 nov. 1964. Coluna Nosso comentário, p. 2.<br />

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