Barão

Ribeirão Preto Illustrado. Anno I. Ribeirão Preto, agosto de 1915, N.I.
Fonte: Arquivo Público e Histórico de Ribeirão Preto (APHRP).
A Companhia Mogiana ligava Casa Branca a Ribeirão Preto, a instalação das estradas de ferro
impulsionou o crescimento econômico, pois eram necessárias para atender os interesses pessoais dos
ricos fazendeiros – no tocante ao transporte e o escoamento da produção cafeeira – interligando os
principais municípios paulistas ao porto de Santos. Esse desenvolvimento gerou um mercado consumidor,
que provocou diversas transformações urbanas e ocasionou a vinda de homens, mercadorias e novidades
para a região marcada pela presença e ação dos grandes cafeicultores, o que era um ―convite à aventura –
política, social e boêmia‖ 432 .
O historiador Rafael Cardoso de Mello 433 salienta os efeitos de tais transformações no cotidiano de
toda população ribeirãopretana ao afirmar que ―asfalto, água e esgoto, Código de Posturas e iluminação
pública, foram as novidades vivenciadas pelo centro, espaço que expulsava os populares ―bárbaros‖ que
insistiam em emperrar o processo civilizador‖:
Chamada de ―Petit Paris‖, a cidade começou a galgar novos postos. O tempo da
Belle Époque, termo cunhado a partir das influências (inegavelmente) francesas do
período, era vivenciado no centro da cidade a partir dos teatros, dos palacetes, da
urbanização, iluminação, etc... , todos elementos que permitiram com que a urbe fosse
fruto de uma determinada leitura desta cidade européia. A competência em dar aos
espaços públicos de Ribeirão Preto os traços do velho mundo deve ser considerada,
432 CIONE, Rubem. História de Ribeirão Preto... Op. cit., p.157.
433 MELLO, Rafael Cardoso. Um ―coronel de saias‖ no interior paulista... Op. cit.,p.116.
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