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universidade do estado do amazonas escola - uea - pós graduação

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relaciona<strong>do</strong>s com mudança e processos sociais, necessitamos ampliar nossa categoria de<br />

tempo” (1937, p. 627, 629, grifo nosso).<br />

Ampliar a noção de tempo, nos moldes propostos pela presente dissertação, significa a<br />

incorporação <strong>do</strong> conceito de espaço-tempo pelo direito. A seguir, ver-se-á o que significa esse<br />

conceito.<br />

4.1 O ESPAÇO-TEMPO 4<br />

Neste item, o objetivo é sintetizar as teorias físicas sobre o tempo e mostrar que o<br />

fluxo <strong>do</strong> tempo é uma ilusão e, por isso, o para<strong>do</strong>xo temporal <strong>do</strong> direito ambiental é apenas<br />

aparente. Não serão expostas equações nem cálculos matemáticos, pois isso levaria a um<br />

desvio <strong>do</strong> escopo da presente dissertação. O que se deseja é apenas mostrar as conclusões da<br />

física quanto ao conceito atual, e provisório, de espaço-tempo e como ele foi construí<strong>do</strong>. Será<br />

feita uma breve retrospectiva sobre as teorias físicas acerca de antigas questões que, desde a<br />

antiguidade, colocavam filósofos e astrônomos a pensar. Serão feitas algumas reflexões sobre<br />

a relação entre senso comum e realidade científica, para ilustrar como antigas ideias, baseadas<br />

no senso comum, mostraram-se posteriormente uma ilusão, especialmente a<strong>pós</strong> a tecnologia<br />

ter redesenha<strong>do</strong> a imagem <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>. Algumas reflexões jurídicas mostrarão o que significa,<br />

para o direito, a<strong>do</strong>tar o espaço-tempo. Serão resumidas noções advindas da cosmologia e da<br />

física de partículas, que hoje são duas áreas complementares na tarefa de explicar o espaçotempo<br />

e que tipo de componente básico integra sua estrutura, enquanto entidade física real.<br />

Na busca pela compreensão <strong>do</strong> tempo, o caminho percorri<strong>do</strong> pelos antigos e pelos<br />

contemporâneos difere no que tange ao instrumental tecnológico que foi sucessivamente<br />

utiliza<strong>do</strong>. Antes, não existiam a matemática, a ciência e a tecnologia de que hoje dispõe a<br />

humanidade. Com essas ferramentas, os cientistas contemporâneos reuniram um razoável<br />

conjunto de resulta<strong>do</strong>s observacionais, que confirmam teorias e fortalecem evidências. Assim,<br />

novas conclusões foram obtidas em torno de antigas questões: o que é o espaço? Quantas<br />

dimensões existem no espaço? O espaço vazio realmente é vazio? De onde veio o universo?<br />

Para onde está in<strong>do</strong>? O que realmente sabe-se sobre o universo? Como chegou-se a esse<br />

4 Para o leitor interessa<strong>do</strong> em maiores informações, cf. GREENE, Brian. O teci<strong>do</strong> <strong>do</strong> cosmo: o espaço, o tempo<br />

e a textura da realidade. Tradução José Viegas Filho. São Paulo: Companhia das Letras, 2005; HAWKING,<br />

Stephen William. Uma nova história <strong>do</strong> tempo. Tradução Vera de Paula Assis. Rio de Janeiro: Ediouro, 2005;<br />

KAKU, Michio. Hiperespaço: uma odisséia científica através de universos paralelos, empenamentos <strong>do</strong> tempo e<br />

a décima dimensão. Tradução Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Rocco, 2000.

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