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universidade do estado do amazonas escola - uea - pós graduação

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10 mil a 100 mil (tipo III). Esses prognósticos foram desenvolvi<strong>do</strong>s com base na leitura de<br />

três revoluções que estão produzin<strong>do</strong> efeitos sinérgicos nos tempos atuais: revolução quântica,<br />

revolução cibernética e revolução biomolecular. Com base nesse material, o astrônomo russo<br />

Nikolai Kardashev e o físico <strong>do</strong> Instituto para Estu<strong>do</strong>s Avança<strong>do</strong>s de Princeton, Freeman<br />

Dyson, classificaram civilizações com base nos mo<strong>do</strong>s como elas utilizam energia, aplican<strong>do</strong><br />

leis da termodinâmica como, por exemplo, cálculos de entropia. Assim, uma civilização de<br />

Tipo I (até 2200) é aquela que <strong>do</strong>minou todas as formas de energia possíveis de serem obtidas<br />

a partir da própria da Terra. Essa civilização pode minerar fun<strong>do</strong>s de oceanos, modificar o<br />

clima, captar energia solar e extrair energia <strong>do</strong> núcleo <strong>do</strong> planeta, abaixo da crosta terrestre.<br />

Isso significa alcançar o grau de civilização planetária que, necessariamente, “vai forçar as<br />

nações da Terra a cooperar numa escala jamais vista na história”, de mo<strong>do</strong> que uma tal<br />

civilização terá deixa<strong>do</strong> “de la<strong>do</strong> a maior parte das lutas de facção, religiosas, sectárias e<br />

nacionalistas que caracterizam sua origem” (KAKU, 2001, p. 32-35, 374).<br />

Civilizações de Tipo II (3000) <strong>do</strong>minaram a energia estelar. Esgotaram a capacidade<br />

de obter energia exclusivamente a partir <strong>do</strong> próprio planeta, por isso começam a exploração<br />

energética a partir de um ponto fora <strong>do</strong> planeta, começam a explorar e, possivelmente,<br />

colonizar sistemas estelares vizinhos. As civilizações de Tipo III (10 mil-100 mil) esgotaram<br />

a capacidade de suprimento de energético basea<strong>do</strong> em uma única estrela. Suas necessidades<br />

de energia são tão grandes que uma só estrela não é capaz de suprir o consumo. Precisam<br />

chegar a sistemas e aglomera<strong>do</strong>s estelares vizinhos, e acabam por desenvolver uma<br />

civilização galáctica. No atual estágio de desenvolvimento, a humanidade é considerada uma<br />

civilização de Tipo 0, pois até pouco mais de cem anos atrás usava como única fonte de<br />

energia a queima de madeira e as arcaicas práticas da agricultura rudimentar. Segun<strong>do</strong> Kaku:<br />

Na escala planetária, somos como crianças, dan<strong>do</strong> nossos primeiros passos<br />

hesitantes e desajeita<strong>do</strong>s em direção ao espaço. [...] No século XXII, teremos<br />

lança<strong>do</strong> os fundamentos de uma civilização Tipo I, e a humanidade terá da<strong>do</strong><br />

seu primeiro passo rumo às estrelas. (KAKU, 2001, p. 34)<br />

Feitos esses esclarecimentos quanto às características de cada modelo energético,<br />

agora é o momento de delimitar o cenário <strong>do</strong> século XXI e mostrar qual será o significa<strong>do</strong> de<br />

segurança jurídica. Quatro elementos constituem a marca fundamental da era <strong>do</strong> hidrogênio:<br />

1) a biosfera é o fundamento da economia e a fonte da geração energética; 2) o poder se<br />

desloca, de forma descentralizada, em direção à base; 3) energias fluidas, acopladas às<br />

tecnologias cibernéticas da informação e <strong>do</strong> conhecimento, são o motor da nova economia; 4)

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