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universidade do estado do amazonas escola - uea - pós graduação

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350<br />

sociológicas, econômicas e antropológicas baseadas na ideia de segurança energética (tema<br />

exposto no item 5.1), a justiça intergeracional acontece quan<strong>do</strong>:<br />

[...] as oportunidades <strong>do</strong>s membros médios das futuras gerações, de<br />

preencherem integralmente suas necessidades, forem melhores <strong>do</strong> que<br />

aquelas <strong>do</strong>s membros médios das gerações predecessoras. (TREMMEL,<br />

2009, p. 217, grifo nosso)<br />

Consideran<strong>do</strong> os chama<strong>do</strong>s fatores autônomos de desenvolvimento, as gerações<br />

posteriores, mesmo receben<strong>do</strong> uma quantidade menor de bens, para satisfazer suas<br />

necessidades, tendem a ser capazes de construir um nível mais eleva<strong>do</strong> de qualidade de vida<br />

<strong>do</strong> que as gerações anteriores. Se uma cesta de capitais geracionais tiver que ser dividida entre<br />

duas gerações A e B, é justo que só a metade seja repassada adiante, pois a outra metade terá<br />

si<strong>do</strong> usada pela geração anterior. Mas como isso pode ser justo, se o critério mais adequa<strong>do</strong> de<br />

justiça intergeracional é o <strong>do</strong> bem-estar? Como uma geração que recebeu só a metade <strong>do</strong>s<br />

bens que sua antecessora, pode desenvolver um nível mais eleva<strong>do</strong> de qualidade de vida?<br />

Como a geração posterior pode ter um IDH maior? Tremmel responde isso com base nos<br />

fatores autônomos de desenvolvimento, ao identificar uma tendência histórica das gerações<br />

posteriores possuírem ciência e tecnologia mais desenvolvidas. Isso possibilita níveis maiores<br />

de qualidade de vida. Nas palavras desse autor, a justiça intergeracional acontece quan<strong>do</strong>:<br />

Os membros da geração atual A não precisam dar mais <strong>do</strong> que eles<br />

receberam para os membros da próxima geração B, mas se derem tanto<br />

quanto receberam irão suprir seus descendentes com a possibilidade de<br />

satisfazer suas próprias necessidades em um nível mais amplo que A. Assim<br />

eu denomino o meu conceito de “justiça intergeracional como capacitar o<br />

progresso”. Significa fazer progresso possível em favor das futuras gerações.<br />

A geração presente deverá prevenir tu<strong>do</strong> que possa perturbar ou até mesmo<br />

reverter a tendência histórica que tem existi<strong>do</strong> desde os tempos mais antigos<br />

e que tem aperfeiçoa<strong>do</strong> o IDH até agora. (TREMMEL, 2009, p. 218, grifo<br />

nosso).<br />

Por sua vez, Weiss sustenta que quaisquer princípios pensa<strong>do</strong>s para se fazer justiça<br />

entre gerações devem observar quatro critérios: 1) consenso: os princípios devem ser<br />

compartilha<strong>do</strong>s por diferentes tradições culturais, políticas e econômicas; 2) flexibilidade:<br />

permitir que as futuras gerações a<strong>do</strong>tem seus próprios códigos, valores e soluções para seus<br />

problemas presentes; 3) equidade: respeitar os direitos das futuras gerações de não serem<br />

privadas <strong>do</strong> uso <strong>do</strong>s bens ambientais, por uma excessiva exploração e consumo de recursos<br />

naturais no presente, sem que isso importe também restrições irracionais ao uso <strong>do</strong>s bens

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