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universidade do estado do amazonas escola - uea - pós graduação

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200<br />

Entretanto, em um artigo famoso de 1905, um até então desconheci<strong>do</strong><br />

funcionário <strong>do</strong> escritório de patentes da Suíça, Albert Einstein, enfatizou que<br />

a ideia toda <strong>do</strong> éter era desnecessária, desde que estivéssemos dispostos a<br />

aban<strong>do</strong>nar a ideia de tempo absoluto. [...] a exigência de que to<strong>do</strong>s os<br />

observa<strong>do</strong>res devem concordar sobre a rapidez com que a luz se desloca nos<br />

força a mudar nosso conceito de tempo. [...] Em outras palavras, a teoria da<br />

relatividade exige que coloquemos um ponto final à ideia de tempo absoluto!<br />

Em vez disto, cada observa<strong>do</strong>r deve ter sua própria medida de tempo,<br />

registrada por um relógio que ele carrega, e relógios idênticos carrega<strong>do</strong>s por<br />

diferentes observa<strong>do</strong>res não precisam ser concordantes. Na relatividade, não<br />

existe necessidade de introduzirmos a ideia de um éter [...]. Em vez disso, a<br />

teoria da relatividade nos força a mudar fundamentalmente nossas ideias de<br />

espaço e tempo. Precisamos aceitar que o tempo não está inteiramente<br />

separa<strong>do</strong> e independente <strong>do</strong> espaço, e sim combina<strong>do</strong> com ele para formar<br />

um objeto chama<strong>do</strong> espaço-tempo. (HAWKING, 2005, p. 41-42)<br />

Kaku traz uma explicação clara sobre o porquê <strong>do</strong> tempo ser considera<strong>do</strong> uma<br />

dimensão <strong>do</strong> espaço, utilizan<strong>do</strong>-se da analogia <strong>do</strong> carro perseguin<strong>do</strong> o trem (feixe de luz):<br />

Mas isso é absur<strong>do</strong>. Como podem tanto as pessoas no carro que corre como a<br />

pessoa estacionária medir a mesma velocidade para o feixe de luz?<br />

Normalmente isso é impossível. Parece uma colossal piada da natureza. Só<br />

existe uma maneira de resolver esse para<strong>do</strong>xo. Inexoravelmente somos<br />

conduzi<strong>do</strong>s à espantosa conclusão que abalou Einstein até o âmago no<br />

momento em que ele a concebeu. A única solução para esse enigma é que o<br />

tempo se desacelera para nós no carro. [...] Espaço e tempo nos pregam<br />

peças. Em experimentos reais, cientistas mostraram que a velocidade da luz<br />

é sempre c, seja qual for a velocidade com que viajamos. Isso ocorre porque,<br />

quanto mais rapidamente viajamos, mais lentamente nossos relógios<br />

avançam e mais curtas ficam as nossas réguas. De fato, nossos relógios<br />

ficam mais lentos e nossas réguas encolhem exatamente o bastante para que,<br />

sempre que medimos a velocidade da luz, ela se revele a mesma. (KAKU,<br />

2000, p. 102)<br />

Kaku usa a metáfora “nossos relógios” e “nossas réguas” para explicar o efeito da<br />

velocidade sobre o tempo e o espaço. Hawking explica isso da seguinte maneira:<br />

consideran<strong>do</strong> que o movimento de um corpo cria energia cinética, esta, por sua vez, faz a<br />

massa <strong>do</strong> corpo aumentar. Com uma massa maior a força gravitacional desse corpo também<br />

será mais elevada. Ten<strong>do</strong> em vista que “a gravidade desacelera o tempo”, quanto mais forte a<br />

gravidade, maior o efeito da gravidade sobre o tempo (2005, p. 30, 44, 54, 85).<br />

Greene diz que a velocidade da luz parece ser sempre a mesma, para diferentes<br />

observa<strong>do</strong>res, porque tempo e espaço estão intrinsecamente mescla<strong>do</strong>s:<br />

Einstein desmantelou as estruturas rígidas e absolutas armadas por Newton<br />

[...]. Quan<strong>do</strong> ele concluiu o trabalho, o espaço e o tempo estavam de tal<br />

mo<strong>do</strong> mescla<strong>do</strong>s um ao outro que as suas respectivas realidades já não

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