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universidade do estado do amazonas escola - uea - pós graduação

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205<br />

descrição, então o espaço se transformará em espaço-tempo, com quatro<br />

dimensões. No espaço-tempo da relatividade, qualquer evento – isto é,<br />

qualquer coisa que aconteça num da<strong>do</strong> ponto <strong>do</strong> espaço e num da<strong>do</strong> tempo –<br />

pode ser especifica<strong>do</strong> por quatro números ou coordenadas. [...] na<br />

relatividade não existe uma distinção real entre as coordenadas de espaço e<br />

de tempo, exatamente como não existe diferença real alguma entre quaisquer<br />

coordenadas espaciais. [...] Na relatividade geral, o espaço-tempo é curvo,<br />

ou “<strong>do</strong>bra<strong>do</strong>”, pela distribuição da massa e energia dentro dele. [...] Antes de<br />

1915, pensava-se em espaço e tempo como uma arena fixa na qual os<br />

eventos ocorrem, mas que não era afetada por aquilo que acontece dentro<br />

dela. Isto era verdadeiro mesmo para a teoria especial da relatividade. Os<br />

corpos moviam-se, as forças atraíam e repeliam, mas o tempo e o espaço<br />

simplesmente continuavam inaltera<strong>do</strong>s. A situação, contu<strong>do</strong>, é bem diferente<br />

na teoria da relatividade geral. Espaço e tempo agora são quantidades<br />

dinâmicas: quan<strong>do</strong> um corpo se move ou uma força age, isto afeta a<br />

curvatura de espaço e tempo – e, por sua vez, a estrutura <strong>do</strong> espaço-tempo<br />

afeta o mo<strong>do</strong> pelo qual os corpos se movem e as forças agem. Espaço e<br />

tempo não apenas afetam, mas também são afeta<strong>do</strong>s por tu<strong>do</strong> o que acontece<br />

no universo. (HAWKING, 2005, p. 42-43, 47, 56-57, grifo nosso)<br />

Kaku fala sobre o aspecto quadridimensional <strong>do</strong> espaço-tempo, ajudan<strong>do</strong> a<br />

compreender porque tempo e espaço são essencialmente a mesma coisa:<br />

Como temos a liberdade de girar um objeto 90 graus, podemos transformar<br />

seu comprimento em largura e sua largura em profundidade. Com uma<br />

simples rotação, podemos intercambiar quaisquer das três dimensões<br />

espaciais. Ora, se o tempo é a quarta dimensão, então é possível fazer<br />

“rotações” que convertam espaço em tempo e vice-versa. Essas rotações<br />

quadridimensionais são precisamente as distorções <strong>do</strong> espaço e tempo<br />

exigidas pela relatividade especial. Em outras palavras, espaço e tempo se<br />

misturaram de uma maneira essencial, governada pela relatividade. O<br />

significa<strong>do</strong> <strong>do</strong> tempo como a quarta dimensão é que espaço e tempo podem<br />

se transformar um no outro por rotação de maneira matematicamente<br />

precisa. Doravante, devem ser trata<strong>do</strong>s como <strong>do</strong>is aspectos da mesma<br />

quantidade: espaço-tempo. (KAKU, 2000, p. 104, grifo nosso)<br />

Diante das características que foram vistas até aqui, o espaço-tempo pode ser<br />

considera<strong>do</strong> o lugar, o cenário, o palco <strong>do</strong>s acontecimentos <strong>do</strong> universo e da vida humana.<br />

Consideran<strong>do</strong> que tempo é um lugar (espaço), torna-se sem senti<strong>do</strong> afirmar que “o lugar<br />

passa”. O espaço-tempo, enquanto palco de eventos, é incompatível com a ideia de fluxo <strong>do</strong><br />

tempo. Resumin<strong>do</strong> as principais passagens que foram analisadas até aqui, Davies afirma que:<br />

Nada na física conhecida corresponde à passagem <strong>do</strong> tempo. Os físicos<br />

insistem em afirmar que o tempo não flui; ele simplesmente é. Alguns<br />

filósofos sustentam que o próprio conceito da passagem <strong>do</strong> tempo não faz<br />

senti<strong>do</strong>, e que a ideia <strong>do</strong> rio ou <strong>do</strong> fluxo <strong>do</strong> tempo é baseada num conceito<br />

incorreto. (DAVIES, 2007, p. 10)

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