INFORMAÇÃO INTERNACIONAL - Departamento de Prospectiva e ...

Informação Internacional
Em termos de dimensão, o maior banco estrangeiro da região é o banco alemão
Hypovereinsbank, na sequência da sua fusão com o Bank Austria, com o objectivo de
combinar operações nos mercados em crescimento da Europa Central e Oriental. Em
seguida, aparece o banco belga KBC (o qual exerce controlo sobre bancos situados na
Polónia e Hungria) e o banco checo CSOB, seguido do banco italiano Unicredito (o qual
adquiriu o controlo do banco búlgaro Bulbank e da instituição polaca Pekao, planeando
ainda mais negócios em virtude dos processos de privatização de outros bancos
estrangeiros).
O Tatra Bank, afiliado do banco austríaco RZB, é um dos exemplos mais citados de um
banco eslovaco local detido por estrangeiros que tem vindo a crescer substancialmente.
Contudo, apesar do conhecimento da existência de diversos nichos a preencher, a
crescente rivalidade e competitividade tornam difícil às instituições de menor dimensão
sobreviverem e até mesmo manterem a sua independência no longo prazo.
Ora o maior factor de atracção destes países da Europa Central e Oriental reside no seu
crescimento potencial. A região possui apenas metade dos activos bancários de um
pequeno Estado da UE (a Áustria, por exemplo), o que representa 69% do seu PNB 15 , para
além do fraco desenvolvimento da actividade bancária e económica. Mesmo assistindo-se a
uma mudança de atitudes, os meios físicos de pagamento são maioritariamente notas e
moedas, os cartões de crédito não se encontram disseminados e o mercado bolsista é
encarado com desconfiança. Realce-se ainda a existência de um mercado bastante
fragmentado - existem mais de 40 bancos na Hungria e mais de 75 na Polónia.
É pois este mercado amplo e diverso que atrai o investidor mais agressivo, e o Banco
Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento (BERD), o maior investidor financeiro na
região, pretende incentivar a consolidação na área da banca, onde se vislumbram algumas
dificuldades devido à insistência dos Governos e clientes destes países em continuarem a
preservar sinais de nacionalismo – como a manutenção de nomes e marcas locais.
Indústria Automóvel
A indústria automóvel constitui indubitavelmente o sector chave para a integração,
resultando de um admirável processo de transformação. Há apenas 10 anos atrás, os
Estados 16 detinham o controlo nesta área de negócio. Em cada um dos "mercados", as
fábricas produziam automóveis que eram exportados e importados através da respectiva
agência governamental, enquanto que outros pequenos distribuidores de automóveis
apresentavam grande morosidade na entrega destes aos seus clientes. Os automóveis
seleccionados eram maioritariamente de modelos antigos e de baixa qualidade.
Actualmente, com a privatização das grandes indústrias nos países candidatos à UE, os
automóveis são comercializados através dos mesmos canais daqueles existentes nas
nações mais industrializadas. Por outro lado, estão disponíveis todos os modelos de
automóveis e as preferências de consumo aproximam-se cada vez mais entre a Europa
Ocidental e Oriental.
15 Os activos bancários representam cerca de 250% do PNB na Zona Euro.
16 É o caso da Hungria e Polónia.
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