INFORMAÇÃO INTERNACIONAL - Departamento de Prospectiva e ...
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O Investimento Directo Internacional nas Economias da Europa Central - Uma Nova Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Influências Unindo a Europa<br />
flexibilida<strong>de</strong>, através sobretudo <strong>de</strong> uma forte aposta nas pessoas e nas suas atitu<strong>de</strong>s e<br />
competências. Nesse sentido, as empresas investidoras têm sentido algumas dificulda<strong>de</strong>s<br />
resultantes da diferença entre economias centralizadas e <strong>de</strong> livre mercado.<br />
É muito frequente que estas empresas tenham problemas em encontrar pessoas com<br />
qualificações em funções chave (tais como vendas, marketing, gestão comercial e finanças),<br />
assim como implementar métodos e técnicas <strong>de</strong> trabalho, tecnologias e melhores práticas<br />
mo<strong>de</strong>rnas que lhes permitam melhorar a performance e a competitivida<strong>de</strong> e dar resposta ao<br />
fenómeno da globalização. Também se afigura difícil promover junto <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminados<br />
trabalhadores a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> iniciativa, a criativida<strong>de</strong>, o empenho e a eficiência. Outra<br />
questão tem a ver com a diferença entre padrões <strong>de</strong> ética negocial entre estes países e os<br />
países <strong>de</strong> on<strong>de</strong> as empresas investidoras são oriundas. Por isso, torna-se imperativo investir<br />
cada vez mais na educação e na formação.<br />
4.3. Fornecedores, Infra-estruturas e Condições Competitivas<br />
Consi<strong>de</strong>rando o facto <strong>de</strong> as empresas mo<strong>de</strong>rnas ganharem crescente vantagem competitiva<br />
graças não apenas à qualida<strong>de</strong> da sua ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> fornecedores directos, distribuidores e das<br />
infra-estruturas físicas locais, mas também à presença <strong>de</strong> competidores ao mesmo nível, as<br />
empresas oci<strong>de</strong>ntais têm enfrentado alguns problemas nestes países. Isso <strong>de</strong>ve-se<br />
principalmente à fraca qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fornecedores <strong>de</strong> matérias-primas e produtos<br />
intermédios (em termos <strong>de</strong> confiança, padrões <strong>de</strong> serviço e qualida<strong>de</strong> do produto), ca<strong>de</strong>ias<br />
<strong>de</strong> venda e retalho pouco eficientes, infra-estruturas <strong>de</strong>ficientes (<strong>de</strong> transportes,<br />
telecomunicações, energia, água e ainda ao nível do sistema bancário) e ainda a casos <strong>de</strong><br />
competição <strong>de</strong>sleal e <strong>de</strong> tentativa <strong>de</strong> domínio <strong>de</strong> certos mercados por parte <strong>de</strong> empresas<br />
locais nalguns países, para além <strong>de</strong> nítidas diferenças <strong>de</strong> tratamento entre empresas locais<br />
e empresas oci<strong>de</strong>ntais.<br />
Tais impedimentos só cessarão se os países da Europa Central e Oriental fizerem um<br />
esforço no sentido <strong>de</strong> incentivarem a utilização <strong>de</strong> sistemas internacionalmente<br />
reconhecidos <strong>de</strong> gestão da qualida<strong>de</strong> e melhorarem o nível <strong>de</strong> formação através das<br />
ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> valor negociais, assegurando a continuida<strong>de</strong> dos programas <strong>de</strong> privatização e<br />
liberalização das infra-estruturas locais e a realização <strong>de</strong> investimentos nas áreas<br />
"residuais" do sector público e proce<strong>de</strong>ndo a reformas das regulamentações dos mercados<br />
<strong>de</strong> produtos.<br />
4.4. Atitu<strong>de</strong>s Sociais<br />
Embora as empresas oci<strong>de</strong>ntais possuam o capital, know-how e competências apropriadas<br />
para ajudar os países da Europa Central e Oriental a melhorar o seus padrões <strong>de</strong> vida e a<br />
continuarem a sua transição no sentido da economia <strong>de</strong> mercado, este processo tem vindo<br />
a sofrer atrasos <strong>de</strong>vido à oposição por parte <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> interesse.<br />
Na realida<strong>de</strong>, ao contrário do que se passa nos países oci<strong>de</strong>ntais com economias <strong>de</strong> livre<br />
mercado, a confiança não constitui a base da gran<strong>de</strong> maioria das relações comerciais,<br />
sendo mais forte o aspecto da <strong>de</strong>sconfiança relativamente aos estrangeiros e às empresas<br />
estrangeiras. Também o processo <strong>de</strong> privatização <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminadas empresas <strong>de</strong>tidas pelo<br />
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