INFORMAÇÃO INTERNACIONAL - Departamento de Prospectiva e ...
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União Europeia: e se tudo corresse bem?<br />
• 2008 Segunda ronda <strong>de</strong> alargamento, após a qual a UE passou a contar com 26 Estadosmembros;<br />
• 2008 Fortes controvérsias relativas à exclusão, por tempo in<strong>de</strong>finido, <strong>de</strong> alguns dos<br />
novos Estados-membros do espaço Schengen (passaporte único). O pedido da Croácia<br />
para fazer parte do espaço Schengen foi recusado com a justificação <strong>de</strong> que as suas fronteiras<br />
com a Sérvia e a Bósnia eram “porosas”. A Croácia continuo a insistir até que lhe foi dito que,<br />
se não ce<strong>de</strong>sse, po<strong>de</strong>ria ter que esperar pela próxima ronda <strong>de</strong> alargamento. Também a<br />
Letónia e a Lituânia foram excluídas (tal como o tinha sido a Estónia aquando da sua a<strong>de</strong>são<br />
em 2004) indo muito provavelmente suce<strong>de</strong>r o mesmo à Roménia e à Bulgária quando<br />
finalmente entrarem para a UE. No entanto, é prometido a todos os novos Estados-membros,<br />
nos seus Tratados <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são, que serão finalmente admitidos ao espaço Schengen quando<br />
correspon<strong>de</strong>rem a <strong>de</strong>terminados standards (por exemplo em termos <strong>de</strong> gestão das trocas <strong>de</strong><br />
informação com as autorida<strong>de</strong>s responsáveis pela imigração nos outros Estados-membros, <strong>de</strong><br />
qualida<strong>de</strong> dos controlos fronteiriços e <strong>de</strong> requalificação dos aeroportos);<br />
• 2008 Fixação <strong>de</strong> uma data para o início das negociações <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são da Turquia 20 em<br />
resultado da concessão por este país <strong>de</strong> direitos culturais aos Curdos e da limitação do papel<br />
do exército na vida pública. Esta fixação <strong>de</strong> data constitui um exemplo da política <strong>de</strong> "sticks and<br />
carrots" utilizada pela UE face aos países candidatos que, sucintamente, se caracteriza pelo<br />
facto dos países que não respeitam os direitos humanos “per<strong>de</strong>rem lugares na fila <strong>de</strong> espera”<br />
para o alargamento enquanto os que melhoram a sua performance nesta área são<br />
recompensados através <strong>de</strong>, por exemplo, um aumento da assistência técnica ou dos fundos<br />
que visam a melhoria da protecção ambiental. A UE tem três gran<strong>de</strong>s prémios políticos a<br />
oferecer: aceitação como candidato, início das negociações para a a<strong>de</strong>são e conclusão <strong>de</strong>ssas<br />
mesmas negociações;<br />
• 2010 Seis Estados Balcânicos (Albânia, Bósnia, Kosovo, Macedónia, Montenegro e<br />
Sérvia) <strong>de</strong>sejam iniciar negociações visando a sua entrada na União, enquanto Bulgária,<br />
Noruega, Roménia e Suíça as estão quase a completar. A Turquia começou<br />
recentemente essas mesmas conversações;<br />
• 2010 O Parlamento Europeu (PE) insiste na avaliação dos Estados-membros pela<br />
Comissão através da utilização dos mesmos 20 critérios que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2004 servem para<br />
avaliar a performance dos países candidatos. A realização <strong>de</strong>sta avaliação (e a publicação<br />
dos respectivos resultados) tem o apoio dos países candidatos e <strong>de</strong> muitos dos Estadosmembros<br />
mas tem contado com a oposição do Conselho Europeu;<br />
• 2012 Fim do período <strong>de</strong> transição dos Estados-membros que a<strong>de</strong>riram a partir <strong>de</strong> 2004<br />
relativo à livre circulação <strong>de</strong> trabalhadores. Embora tecnicamente só nesta data os<br />
trabalhadores <strong>de</strong>stes Estados-membros <strong>de</strong>ixem <strong>de</strong> necessitar <strong>de</strong> uma autorização <strong>de</strong> trabalho<br />
nos 15, na prática, por não precisarem <strong>de</strong> visto <strong>de</strong> entrada, vários milhões já trabalham, legal<br />
ou ilegalmente, na Europa Oci<strong>de</strong>ntal (principalmente na Alemanha).<br />
3.4. O novo quadro institucional: claro reforço do intergovernamentalismo<br />
As inúmeras alterações registadas na primeira década do século XXI na orgânica<br />
institucional da União corporizam, pelo menos aparentemente, uma reforma à medida do<br />
20 Funcionários da Comissão pensam que estas negociações durarão, no mínimo, 10 anos.<br />
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