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maior interesse do artigo está na forma como o autor expõe os seus argumentos, optando
por apresentar uma UE de “estilo anglo-saxónico” que, graças ao papel que o Reino Unido
aceitou desempenhar, "funciona", e rejeitando claramente uma abordagem convencional,
simplista e estática que se caracterizaria por uma enumeração dos ganhos e
perdas/vantagens e inconvenientes de um papel mais visivelmente pró-activo na cena
europeia por parte do Reino Unido.
O texto que se segue está organizado em quatro partes:
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• Numa primeira parte procura-se, de forma muito sintética, caracterizar a situação
actual do “sistema UE”, cuja evolução até 2010 o estudo do CER pretende antecipar;
• Numa segunda parte resumiu-se o que podemos designar como “Imagem Final −
2010” do cenário desenvolvido pelo CER, quer no que respeita ao Mundo quer à UE;
• Numa terceira parte caracteriza-se o cenário enquanto conjunto de processos e
acontecimentos que permitem conceber a evolução da situação de partida até às
“Imagens Finais 2010”. Esta caracterização é feita em torno de quatro ideias chave
que se identificaram no exercício de cenarização do CER:
• uma economia líder;
• uma potência emergente;
• um continente organizado;
• um novo quadro institucional.
Inclui-se, para cada um destes aspectos, uma listagem de acontecimentos “virtuais” (os que
se reportam a datas posteriores a 2000) referidas no estudo do CER e cuja concretização
teria dado substância aos processos analisados.
• Numa quarta parte faz-se uma breve referência à evolução do posicionamento e do
poder de alguns actores – Estados Nacionais – no “sistema UE”, com particular
destaque para o actor Reino Unido, cuja evolução neste cenário representa a grande
surpresa em relação ao que se poderia considerar uma evolução tendencial.
1. A UE EM 2000 − OS PROCESSOS EM CURSO
Para se compreender qualquer exercício de cenarização sobre o futuro da UE é
fundamental começar por indicar de modo muito resumido os principais processos − e os
respectivos contornos − em que a União está envolvida no inicio do período de cenarização
e de cuja interacção vai depender em grande parte a configuração futura da UE. Os mais
significativos são os seguintes: