INFORMAÇÃO INTERNACIONAL - Departamento de Prospectiva e ...
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O Euro e o Dólar - Passado Recente e Futuro Próximo<br />
• uma quebra <strong>de</strong> investimento provocada pela quebra na bolsa, pela drástica redução<br />
nas expectativas <strong>de</strong> crescimento e lucros <strong>de</strong> alguns dos gran<strong>de</strong>s nomes das<br />
telecomunicações e pelos problemas nalguns dos nomes mais célebres do mundo<br />
empresarial europeu, iria reduzir uma segunda mola do crescimento endógeno da<br />
zona EURO (sendo que, mesmo assim, o crescimento do investimento na Europa não<br />
tem comparação com o que foi realizado nos EUA durante a expansão); a queda nas<br />
exportações e no investimento acompanhada por perdas nas bolsas provocaria uma<br />
redução da confiança das famílias, traduzindo-se numa quebra <strong>de</strong> consumo privado;<br />
face a esta evolução restaria o aumento dos défices públicos como forma <strong>de</strong> travar<br />
um abrandamento da economia europeia <strong>de</strong>rivado da quebra <strong>de</strong> crescimento nos<br />
EUA mas com o risco <strong>de</strong> criar tensões em torno do cumprimento do Pacto <strong>de</strong><br />
Estabilida<strong>de</strong> e Crescimento;<br />
• face a uma contracção do crédito nos EUA que acompanhasse uma “aterragem<br />
turbulenta” as empresas americanas mais sólidas e as agências fe<strong>de</strong>rais do tipo<br />
Freddie Mac iriam recorrer numa escala maciça aos mercado das obrigações em<br />
Euros, on<strong>de</strong> os investidores institucionais e particulares europeus, assustados com as<br />
dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s empresas e <strong>de</strong> bancos europeus acorreriam a essas<br />
emissões que representaria um novo canal <strong>de</strong> exportação <strong>de</strong> capitais para os EUA;<br />
• sendo assim, se a menor <strong>de</strong>pendência das economias da zona EURO relativamente<br />
ao mercado <strong>de</strong> capitais serviria para limitar a transmissão <strong>de</strong> impactos <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>s<br />
nos mercados <strong>de</strong> acções à economia real, não pouparia os impactos sentidos através<br />
da esfera financeira.<br />
b) O sector financeiro das economias da zona EURO po<strong>de</strong> estar vulnerável a uma grave<br />
crise que a ocorrer em 2001/2 po<strong>de</strong>rá pôr em causa a credibilida<strong>de</strong> da própria moeda;<br />
vejamos os seguintes aspectos:<br />
• um forte abrandamento da economia americana afectará directamente vários dos<br />
maiores bancos europeus que <strong>de</strong>têm importantes posições nos empréstimos<br />
sindicados e no mercado das obrigações <strong>de</strong> risco nos EUA;<br />
• uma crise <strong>de</strong> confiança no crescimento do sector das telecomunicações e da internet<br />
móvel na Europa atingirá os bancos europeus (quer os da zona EURO, quer os dos<br />
que estão fora <strong>de</strong>la como o Reino Unido) que emprestaram em larga escala fundos<br />
aos novos e velhos operadores <strong>de</strong> telecomunicações – directamente ou através da<br />
tomada <strong>de</strong> obrigações (vd. CAIXA);<br />
• uma crise que ocorra no seio das empresas que protagonizaram as “expedições” da<br />
zona EURO às Américas atingirá em força um pequeno número <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s bancos<br />
europeus, com posições em re<strong>de</strong>s pan-europeias, que tanto os po<strong>de</strong>m proteger, como<br />
po<strong>de</strong>m ser arrastadas por eles na sua eventual crise;<br />
• o crescimento económico europeu na zona EURO ficou também a <strong>de</strong>ver-se ao<br />
“boom” <strong>de</strong> investimento resi<strong>de</strong>ncial nas economias que mais beneficiaram com a<br />
redução das taxas <strong>de</strong> juro que a sua integração na UEM permitiu, “boom” esse<br />
alimentado pelo credito dos bancos comerciais e hipotecários; um abrandamento da<br />
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