INFORMAÇÃO INTERNACIONAL - Departamento de Prospectiva e ...
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Informação Internacional<br />
As empresas asiáticas vêem a Polónia como a porta para a Europa Oci<strong>de</strong>ntal. Em 1999, a<br />
japonesa Isuzu lançou neste país o maior investimento do sector automóvel japonês na<br />
Europa <strong>de</strong> Leste: uma fábrica <strong>de</strong> 370 milhões <strong>de</strong> marcos para produzir anualmente cerca <strong>de</strong><br />
300.000 motores a diesel, com vista a fornecer as indústrias automóveis na UE. A Daewoo,<br />
uma das marcas mais agressivas dos chamados Tigres Asiáticos, no período anterior à sua<br />
ruína financeira, planeou investir mais <strong>de</strong> 2 biliões <strong>de</strong> dólares na Polónia para produzir mais<br />
<strong>de</strong> 700.000 automóveis por ano para toda a Europa. Todos estes exemplos <strong>de</strong>monstram,<br />
afinal, o forte domínio da Polónia no sector automóvel.<br />
Ora prevendo-se que os negócios no sector automóvel na Europa <strong>de</strong> Leste progridam ainda<br />
mais com a a<strong>de</strong>são à UE, torna-se necessário concluir <strong>de</strong>terminadas reformas, tais como a<br />
redução gradual das tarifas <strong>de</strong> importação (até à sua eliminação em 2002) no comércio<br />
automóvel entre a UE e alguns Estados candidatos. O facto <strong>de</strong> se tornarem Estados<br />
membros da União Europeia eliminará certamente formalida<strong>de</strong>s aduaneiras bilaterais e<br />
minimizará os obstáculos comerciais bilaterais − contrariamente ao verificado em 1999,<br />
quando a Hungria activou quotas sobre automóveis originários da Polónia como medida <strong>de</strong><br />
retaliação contra as restrições polacas às importações <strong>de</strong> produtos alimentares da Hungria.<br />
E apesar <strong>de</strong> não existirem sérios obstáculos ao comércio automóvel entre o Leste e o<br />
Oci<strong>de</strong>nte, o alargamento da UE po<strong>de</strong>rá, ironicamente, ver aumentar algumas barreiras<br />
comerciais em relação aos automóveis construídos fora do espaço da UE.<br />
Telecomunicações<br />
Se proce<strong>de</strong>rmos a uma análise comparativa do sector das telecomunicações entre a queda<br />
do Muro <strong>de</strong> Berlim e a actualida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>paramo-nos com cenários bastante diferentes.<br />
Enquanto que no início dos anos 90 as infra-estruturas <strong>de</strong> telecomunicações estavam <strong>de</strong><br />
certa forma ina<strong>de</strong>quadas relativamente ao apreciável nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento das<br />
economias da região 18 , hoje na maioria dos países a <strong>de</strong>nominada "tele-<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>" (número<br />
<strong>de</strong> linhas telefónicas por cada 100 pessoas) é surpreen<strong>de</strong>nte e os telemóveis são<br />
largamente utilizados, assim como a difusão do acesso à Internet.<br />
O processo <strong>de</strong> liberalização, em particular a introdução da competição, foi um dos factores<br />
mais importantes para o <strong>de</strong>senvolvimento das telecomunicações da região e,<br />
consequentemente, facilitará a a<strong>de</strong>são <strong>de</strong>stes países à UE no que respeita a este sector.<br />
Alguns países proce<strong>de</strong>ram já à aplicação <strong>de</strong> reformas regulamentares <strong>de</strong> telecomunicações,<br />
mostrando uma competitivida<strong>de</strong> que segue as directrizes da UE.<br />
Contudo, tal <strong>de</strong>senvolvimento não é uniforme na região, po<strong>de</strong>ndo-se <strong>de</strong>stacar três grupos <strong>de</strong><br />
países: em 1º lugar, a República Checa, Estónia, Hungria, Polónia, República Eslovaca e<br />
Eslovénia (países que se aproximam mais dos níveis <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento oci<strong>de</strong>ntais); em 2º<br />
lugar, a Bulgária, Croácia, Letónia, Lituânia, Roménia, Rússia e Ucrânia (países em franco<br />
<strong>de</strong>senvolvimento, mas com algum "compasso <strong>de</strong> espera"); e em 3º lugar, a Albânia e<br />
Macedónia (países on<strong>de</strong> os progressos nesta área não têm sido expressivos). Nestes dois<br />
últimos grupos <strong>de</strong> países, as <strong>de</strong>cisões políticas ainda se mostram pouco consistentes e<br />
18 O tempo <strong>de</strong> espera para instalação <strong>de</strong> uma linha telefónica chegava a ser <strong>de</strong> 20 anos!<br />
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