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INFORMAÇÃO INTERNACIONAL - Departamento de Prospectiva e ...

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Informação Internacional<br />

2.2. A Introdução do EURO e as transformações que está a provocar no “Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

Capitalismo Euro-Continental”<br />

A formação do espaço monetário EURO, enquadrado pelo Pacto <strong>de</strong> Estabilida<strong>de</strong> e<br />

Crescimento está contribuir para quatro transformações maiores no “Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

Capitalismo Euro-Continental”:<br />

46<br />

• alterar a natureza dos sistemas financeiros, em consequência da criação <strong>de</strong> um<br />

amplo, profundo e liquido mercado <strong>de</strong> capitais – obrigações e acções – que permitirá<br />

às empresas transferir gran<strong>de</strong> parte do seu financiamento a longo e a curto prazo<br />

para os mercados <strong>de</strong> capitais, em <strong>de</strong>trimento da sua tradicional relação com a banca<br />

comercial ou universal;<br />

• colocar os Governos perante a tarefa <strong>de</strong> reformar os sistemas <strong>de</strong> pensões e <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong>, por forma a reduzir os custos orçamentais no curto prazo (caso da saú<strong>de</strong>) e a<br />

reduzir drasticamente a divida implícita dos actuais sistemas <strong>de</strong> segurança social<br />

(mesmo que tal exija um aumento <strong>de</strong> dívida pública a curto/médio prazo para apoiar a<br />

transição para sistemas com pilares dominantes <strong>de</strong> capitalização e seguro privado);<br />

• reduzir o nível <strong>de</strong> investimento público e <strong>de</strong> transferências para as empresas –<br />

nomeadamente para os sectores em <strong>de</strong>clínio-forçando a um aumento da rendibilida<strong>de</strong><br />

das empresas como condição para a inovação, aspecto crucial da competitivida<strong>de</strong> à<br />

escala global e focalizando as ajudas públicas num grupo muito restrito <strong>de</strong> sectores<br />

que tem vindo a ser escolhido pelos principais Estados-membros – aeronáutica,<br />

espaço, indústrias da <strong>de</strong>fesa;<br />

• acelerar a evolução do modo <strong>de</strong> regulação salarial, <strong>de</strong> uma configuração rigidificadora<br />

<strong>de</strong> condições e modos <strong>de</strong> presença no mercado <strong>de</strong> trabalho, centralizada e<br />

“corporativa” para uma configuração mais flexível, competitiva e <strong>de</strong>scentralizada.<br />

Estas evoluções po<strong>de</strong>m encontrar obstáculos sociais e políticos que dificultem a sua<br />

generalização ao “núcleo central” do “Mo<strong>de</strong>lo Euro-Continental” – ou seja a Alemanha e<br />

França.<br />

Mas se estas evoluções não se realizarem, a possibilida<strong>de</strong> do EURO constituir um factor <strong>de</strong><br />

transformação nas “Instituições e Mecanismos <strong>de</strong> Regulação Mundiais” e na geoeconomia a<br />

nível global, será reduzida.

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