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A Bélgica - de um Federalismo a Outro?
A Flandres tem também actividades empresariais dinâmicas em Ciências e Tecnologias da
Vida, com destaque para as áreas farmacêutica, da biotecnologia e da engenharia
biomédica:
• Área farmacêutica – em que se destacam empresas que começaram por ser “locais”
como a Janssen Pharrmaceutica, e acabaram por se transformar em subsidiárias de
um grupo multinacional, neste caso a norte – americana Johnson&Johnson, não
deixando de ter na Flandres a sua base de I&D que foi responsável pela descoberta e
desenvolvimento de vários medicamentos. Mas além desta estão presentes na região
grandes empresas mundiais como a Pharmacia&Upjohn, AstraZeneca, Shering –
Plough e Pfizer que dispõe de instalações de produção local e, nalguns casos, aqui
instalaram centros de distribuição para a Europa. Mais recentemente uma das
maiores empresas dos EUA, especializada em testes clínicos – a LabCorp – instalouse
na região contribuindo para fortalecer a infra-estrutura de suporte às indústrias da
saúde;
• Biotecnologia – a região é conhecida sobretudo pelas suas competências em
genética e biotecnologia vegetal. Empresas “locais” como a Innogenetics, DevGen, o
Virco Group e a CropDesign tornaram-se nomes conhecidos a nível mundial, tendo
desempenhado um papel chave na atracção de empresas estrangeiras como a
Pharming, Introgene, Quality Biotech Europe. A apoio prestado por um instituto de
investigação interuniversitário com o prestígio do VIB e a existência de fundos de
capital de risco contribuíram igualmente para promover start-ups e atrair empresas
estrangeiras;
• Imagem e Equipamentos médicos – em que está presente outra empresa flamenga
– a Agfa – que ocupa uma posição cimeira a nível mundial na sua especialidade. E
nos equipamentos médicos, empresas internacionais como a Becton Dickinson,
Terumo, Cyberonics e Guidant escolheram a Flandres como base para abastecer o
vasto mercado europeu.
2.3. Concentração Financeira e Capital de Risco
Em contraste com o processo de transferência de controlo dos bancos e grandes empresas
de Bruxelas e da Valónia para accionistas franceses e holandeses, assistiu-se à formação
de um pólo financeiro flamengo. No início de 1998, deu-se a fusão dos bancos CERA e
Kredietbank, com a companhia de seguros ABB, operação que envolveu os “holdings” de
interesses empresariais flamengos, Almanij e Gevaert bem como o poderoso holding ligado
aos sindicatos agrícolas da região, o Boerbond. Formou-se assim um novo grupo europeu
de bancassurance de média dimensão – o KBC – que iniciou já a sua expansão na Europa
de Leste.
A existência deste pólo financeiro permite, em convergência com a intervenção das
autoridades regionais, disponibilizar capital de risco para a criação de novas empresas e o
lançamento de novas iniciativas empresariais na região.
Um exemplo destas últimas, destinada a inserir a Flandres em redes pan-europeias do
audiovisual e a estimular a difusão da TV digital na região, é a tomada de controlo da
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