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INFORMAÇÃO INTERNACIONAL - Departamento de Prospectiva e ...

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Informação Internacional<br />

Em termos territoriais esta diferenciação da base <strong>de</strong> internacionalização da economia belga<br />

encontrava expressão em distintas funções regionais:<br />

118<br />

• a região <strong>de</strong> Bruxelas centralizava os serviços financeiros, os serviços às empresas e<br />

o comando sobre os sectores infra-estruturais, com capital privado ou público <strong>de</strong>tendo<br />

uma importante plataforma logística – o seu aeroporto internacional que funcionava<br />

como “hub” do transportador nacional – a Sabena;<br />

• a Flandres em que se localizavam a principal plataforma logística do país centrada<br />

nos portos <strong>de</strong> Antuérpia, Zeebruge e Gand e na articulação com o aeroporto <strong>de</strong><br />

Bruxelas; as duas principais plataformas industriais construídas com a participação do<br />

investimento externo nos “clusters” químico e o automóvel e se os diamantes/metais<br />

preciosos;<br />

• a Valónia concentrava os “clusters” mais ligados à época <strong>de</strong> ouro da industrialização<br />

belga - si<strong>de</strong>rúrgico/metalúrgico, têxtil, químico e equipamento pesado para a energia,<br />

a indústria, os transportes ferroviários e a <strong>de</strong>fesa; em termos logísticos dispunha <strong>de</strong><br />

boas vias fluviais e ferroviárias <strong>de</strong> acesso a frança e ao Reno e <strong>de</strong> uma ligação, por<br />

canal,(?) ao porto <strong>de</strong> Antuérpia.<br />

1.1. O Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Capitalismo Belga<br />

A internacionalização e especialização internacional da Bélgica nas décadas recentes<br />

assentou num mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> capitalismo que constitui uma variante do “mo<strong>de</strong>lo eurocontinental”:<br />

• um sistema financeiro baseado na intermediação bancária, com um mercado <strong>de</strong><br />

capitais pouco dinâmico e “reservado” para a colocação da dívida pública e da dívida<br />

privada <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s grupos empresariais;<br />

• um sistema <strong>de</strong> pensões em regime <strong>de</strong> repartição, generoso e sob gestão conjunta <strong>de</strong><br />

sindicatos, empregadores e Estado;<br />

• uma regulação salarial “corporativa” e centralizada, com um mercado <strong>de</strong> trabalho<br />

apresentando elevada rigi<strong>de</strong>z e um papel chave do sector público na criação <strong>de</strong><br />

emprego;<br />

• uma protecção social abrangente, financiada por empregadores e empregados,<br />

traduzindo-se em elevados custos indirectos do trabalho e fracos estímulos ao<br />

envolvimento no mercado <strong>de</strong> trabalho;<br />

• uma estrutura <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> baseada na existência <strong>de</strong> um número muito reduzido<br />

<strong>de</strong> “holdings” controlando, através <strong>de</strong> múltiplas participações cruzadas, os maiores<br />

bancos e companhias <strong>de</strong> seguros e as principais empresas do sector infra-estrutural,<br />

assegurando assim a existência <strong>de</strong> um controlo belga sobre as gran<strong>de</strong>s empresas do<br />

país, exercido a partir <strong>de</strong> Bruxelas, completada pela proprieda<strong>de</strong> pública sobre<br />

empresas do sector infra-estrutural.

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