INFORMAÇÃO INTERNACIONAL - Departamento de Prospectiva e ...

Espanha: Infra-estruturas de Transporte e Modelo Territorial
prioridades quanto a investimentos dos Fundos Europeus, os dois países ibéricos teriam, e em definitivo, de
chegar a um acordo.
14 Esta cidade há cerca de 4 décadas, extremamente pobre, possui já uma Universidade de estudos latinoamericanos,
atraindo estudantes sul americanos, consolidando e potenciando laços culturais que acabarão por
se reflectir futuramente nas relações económicas de Espanha com o Sul do continente americano.
Acresce ainda que as estufas e novos tipos de agricultura adoptados em terrenos que à primeira vista se
poderiam considerar inapropriados se vêm mostrando rentáveis, produzindo extra estação, como é o caso da
produção de morangos, exportada para quase todo o mundo. Embora com um Índice de rendimento per capita,
de 56,7, muito abaixo de Madrid (=100), em termos absolutos quase que triplicou na década entre 1985 e 1995,
pois que de 510811 pesetas passou para 1394336.
Badajoz, nem sequer atinge 50% do Índice base (Madrid=100), apesar de registar um notável crescimento em 10
anos no rendimento por habitante. Cáceres e Zamora registam Índices superiores a 50% também com subida em
termos absolutos durante a década em referência.
15 Madrid, desenvolveu-se por três grandes ordens de razões: 1ª por ser a capital, colocada no centro do país. A
2ª, e também como consequência directa da 1ª, veio a adquirir um estatuto de centro de consumo de grande
importância no contexto geral do território, levando à instalação de indústrias formando um verdadeiro anel e
cujos abastecimentos e distribuição foram facilitados pela radialidade do sistema de transportes terrestres.
Finalmente a 3ª razão prende-se com o estatuto de centro financeiro iniciado no princípio deste século quando
grandes bancos como o Central e o Hispano Americano se instalaram na capital.
16 Instalação do Porto Seco, cuja caracterização se efectuará posteriormente no presente texto.
17
Algeciras, ainda com deficiências nas ligações terrestres ao centro (Porto Seco de Madrid), mas já em
resolução no terreno, criam as condições para transformar o porto no maior Hub do Mediterrâneo.
18 Um Corredor a instalar no Sudoeste ibérico, é de muito interesse para a UE, fechando dessa forma o “Arco
Mediterrânico” com o Eixo Atlântico da Península, na zona de maior perificidade do continente. A Auto-estrada,
em construção , ligando Sevilha ao Algarve, reflecte já esse objectivo, no entanto quanto ao modo ferroviário, a
situação parece ainda longe de se encontrar resolvida, pelo menos por parte de Portugal, considerando que a
futura conexão com o AVE, por Sevilha, e posterior ligação a Madrid, não se perfila como prioritária.
19 Estima este PEN que, para 2000 haverá necessidade de uma potência total de51400 MW, mais 8400 que em
1992, diferença essa que deverá ser coberta pelo recurso a várias fontes, dentro das quais há que destacar o
carvão nacional com 1338 MW, gás natural com 1835 MW, importação de electricidade de França com 1000
MW, auto geração com 2452 MW, de fontes hidráulicas 902, carvão de importação com 550 MW e os restantes
por turbinas a gás. (Tamames, pp. 219).
20 A estrutura das empresas rodoviárias espanholas é a seguinte:
Encontram-se registadas 36580 empresas.
Cerca de 95% das empresas possuem menos de 5 veículos
Com um veículo apenas estão registadas 75% do total.
Apenas uma empresa possui mais de 200 veículos.
Apenas 7 empresas possuem uma frota com mais de 100 veículos
A média de kilometragem percorrida subiu de 9925 em 1996 para 10723 em 1998, denotando redução no
excesso de oferta, uma das maiores deficiências do sector, segundo dados divulgados pelas entidades
responsáveis sectorialmente.
21 Nomeadamente na Andaluzia, as carências em matéria de infra-estruturas rodoviárias fazem-se sentir com
particular acuidade nas ligações entre cidades de média dimensão e na manutenção e conservação da rede,
densa, de estradas complementares e secundárias existente, o que ultrapassado, pode vir a dar a estas cidades
protagonismo como centros de intermodalismo.
239