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INFORMAÇÃO INTERNACIONAL - Departamento de Prospectiva e ...

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TAIWAN: UMA ECONOMIA DE SÍLICIO<br />

1. RECORDANDO A CRISE ASIÁTICA 1997/8<br />

As “Economias Chinesas “(I) – Taiwan: uma Economia <strong>de</strong> Silício<br />

No seu texto “What we Have Learned from the Asian Financial Crisis” Peter C.Y. Chow<br />

i<strong>de</strong>ntifica seis características que foram comuns às economias asiáticas que sofreram<br />

maiores danos com a crise financeira e cambial <strong>de</strong> 1997/8:<br />

Desenvolvimento Desigual entre os Sectores Financeiro e Real da Economia<br />

Nas economias emergentes e em industrialização rápida da Ásia Oriental o crescimento e<br />

robustez do sector real – medido através do comércio externo, do <strong>de</strong>senvolvimento industrial<br />

e do nível <strong>de</strong> produção – foi <strong>de</strong> longe superior ao que se verificou nos respectivos sectores<br />

financeiros, em que, em meados dos anos 80, se <strong>de</strong>stacavam instituições bancárias frágeis,<br />

mercados <strong>de</strong> capitais pouco profundos e pouco sofisticados, activida<strong>de</strong>s ultra<br />

regulamentadas; a herança <strong>de</strong>sse <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sigual tornou-se mais evi<strong>de</strong>nte com a<br />

integração <strong>de</strong>sses sectores com os mais eficientes sectores financeiros das economias<br />

<strong>de</strong>senvolvidas que se realizou graças ao processo <strong>de</strong> globalização do final dos anos 80 e da<br />

década <strong>de</strong> 90; a maioria das economias da Ásia Oriental experimentaram um crescimento<br />

económico forte entre 1991 e 1997, evi<strong>de</strong>nciando altas taxas <strong>de</strong> poupança e <strong>de</strong><br />

investimento, inflação mo<strong>de</strong>rada e défices orçamentais e comerciais, que quando existiram,<br />

assumiram proporções toleráveis; mas por <strong>de</strong>trás <strong>de</strong>stes indicadores macro económicos<br />

favoráveis acumularam-se problemas crescentes <strong>de</strong> dívida externa, ausência <strong>de</strong> gestão do<br />

risco na exposição a créditos concedidos na maior parte das vezes em dólares americanos,<br />

sobre – investimento, excesso <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>, alimentada nalguns casos por “capitalismos<br />

clientelares” e noutros pelo crescimento sem limites <strong>de</strong> conglomerados gigantescos.<br />

Ausência <strong>de</strong> Sistemas Bancários sólidos e <strong>de</strong> Supervisão <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong><br />

A maior parte dos países asiáticos em <strong>de</strong>senvolvimento integraram os seus mercados <strong>de</strong><br />

capitais nascentes com os das economias <strong>de</strong>senvolvidas, logo <strong>de</strong>pois do Uruguay Round<br />

(iniciado em 1986 e concluído em 1992); ora vários <strong>de</strong>sses países proce<strong>de</strong>ram à<br />

liberalização dos fluxos externos <strong>de</strong> capital sem terem assegurado previamente a<br />

capacida<strong>de</strong> das autorida<strong>de</strong>s monetárias controlarem a oferta <strong>de</strong> moeda e sem garantirem a<br />

soli<strong>de</strong>z dos seus sistemas bancários; além <strong>de</strong> que, enquanto liberalizavam os fluxos <strong>de</strong><br />

capital com o exterior, os governos mantiveram uma influência implícita ou explicita sobre a<br />

orientação <strong>de</strong> concessão <strong>de</strong> crédito interno, contribuindo para distorções na eficiência do<br />

capital e enviando um sinal errado aos credores externos, com a garantia implícita aos<br />

créditos concedidos (fazendo emergir um síndroma <strong>de</strong> “moral hazard” bem antes da crise se<br />

ter <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ado).<br />

Erros na Gestão das Taxas <strong>de</strong> Câmbio e Inversão dos Fluxos <strong>de</strong> Capitais<br />

Se é verda<strong>de</strong> que as economias em <strong>de</strong>senvolvimento e emergência da Ásia Oriental<br />

acumularam fragilida<strong>de</strong>s ao nível financeiro, durante o longo período <strong>de</strong> expansão <strong>de</strong> 1991 a<br />

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