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As “Economias Chinesas “(I) – Taiwan: uma Economia de Silício
de Taiwan se concentrem na concepção e fabrico do produto. É, por isso, natural, que ao
olharmos para um computador se acabe por descobrir que o seu microprocessador tem a
sua origem nos EUA, a memória no Japão ou na Coreia, os monitores na Coreia, Taiwan ou
Japão, ou os teclados e as motherboards em Taiwan. Para além das empresas de Taiwan
estarem elas próprias dispersas em vários países, são fornecedoras das grandes
multinacionais informáticas em todo o Mundo. Em suma as empresas electrónicas de
Taiwan estão envolvidas num complexo sistema de redes internacionais de produção, que
envolvem transacções entre um grande número de sistemas de produção nacionais −
permitindo a pequenas empresas, de um pequeno país, participar nelas e melhorar a sua
base tecnológica.
O que leva as empresas a participar nestas redes é a possibilidade de diminuição dos
custos dos componentes, do software e dos serviços – traduzindo uma busca permanente
de redução de custos, através da racionalização e internacionalização – e o aproveitamento
das economias de escala e de gama na indústria. Mas para várias delas a continuação do
sucesso implicou que tivessem que investir e criar filiais fora de Taiwan, a fim de ser
possível continuar a manter custos de produção reduzidos.
Cada empresa participa, usualmente, em mais de uma Rede de Produção Internacional,
podendo ganhar mais poder nas relações com as transnacionais. Inserida nestas redes a
empresa procura vir a ter um maior protagonismo através da evolução do acordo de OEM
para o de ODM (Original Development Manufacturer) – neste último a empresa adquire
competências, podendo vir a desenvolver uma linha particular de produtos, tornando-se a
empresa compradora dos “serviços” mais dependente dos conhecimentos e competências
da empresa local, embora – continue sem existir marca própria. O tipo de produção com
marca própria é denominado de OBM – (Own Brand Name Manufacturer ). A ACER
desenvolve este tipo de produção desde o final dos anos 80, ao mesmo tempo que persiste
no desenvolvimento e apuramento dos contratos OEM com os grandes clientes,
continuando a levar a cabo, paulatinamente, a estratégia de OBM nos países não OCDE.
As relações estabelecidas com as redes OEM ∗ (*) estão a produzir em Taiwan uma nova
divisão de trabalho entre as grandes empresas de computadores e as PME. As maiores
estabelecem preferencialmente contratos OEM, podendo fazer um maior uso das economias
de escala e de gama – só estas têm a capacidade de enfrentar a dependência face a um
hipotético único fornecedor. Mas as PME consideram estes contratos arriscados, já que eles
exigem uma capacidade de produção superior à sua, preferindo suster contratos ODM, onde
têm um base de clientes diversificada e podem cobrar preços mais elevados.
As empresas de Taiwan retiram enormes benefícios das estratégias OEM e ODM por terem
como principais clientes os lideres mundiais destas indústrias, já que lhes conferem
∗
Há contratos OEM que compreendem diversos serviços integrados de apoio, como os turnkey production da Mitaq (de
Taiwan) com a Compaq, em que são contempladas todas as fases de fabrico à excepção do marketing estratégico e da I&D
principal.
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