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INFORMAÇÃO INTERNACIONAL - Departamento de Prospectiva e ...

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Informação Internacional<br />

novo país na UE requer apenas alterações à “Parte 2” do Tratado, para as quais é<br />

necessário o acordo <strong>de</strong> todos os Governos nacionais mas não a ratificação por cada<br />

Estado-membro. A virtu<strong>de</strong> da parte dois do novo Tratado é permitir que a União reforme as<br />

suas políticas e procedimentos sem ter que se preocupar com um referendo ou um voto<br />

parlamentar que possam bloquear as alterações.<br />

182<br />

AS DATAS CHAVE<br />

• 1992 “Não” dinamarquês, “pequeno sim” francês e hesitações <strong>de</strong> John Major<br />

relativamente à ratificação do tratado <strong>de</strong> Maastricht quase <strong>de</strong>stroem o edifício institucional<br />

da UE. Até 2000, pouco foi feito para fortalecer as instituições;<br />

• 2000 Surgimento <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> informal <strong>de</strong> representantes especiais dos Primeirosministros<br />

(“sherpas”) que trabalharam no follow-up da Cimeira <strong>de</strong> Lisboa sobre as reformas<br />

económicas;<br />

• 2000 (Maio) Discurso <strong>de</strong> Joschka Fischer e (Junho) Discurso <strong>de</strong> Jacques Chirac<br />

caracterizados por um renascer da i<strong>de</strong>ologia fe<strong>de</strong>ralista e pelo objectivo <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> um<br />

Estado europeu com uma Europa “a duas velocida<strong>de</strong>s” assente num “centro <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong>”. No<br />

entanto, não prevêem como é que uma UE alargada (por exemplo a 26 Estados-membros)<br />

po<strong>de</strong> funcionar <strong>de</strong> uma forma efectiva principalmente se a i<strong>de</strong>ia em que assentam estes<br />

discursos – a pertença ao Eurogrupo <strong>de</strong>terminará a pertença a outros grupos <strong>de</strong> avantgar<strong>de</strong> –<br />

não se revelar uma tendência claramente dominante. Assim, embora o “grupo pioneiro” referido<br />

por Chirac (que avançaria no processo <strong>de</strong> integração fora ou <strong>de</strong>ntro do quadro institucional da<br />

UE) tenha provocado algum <strong>de</strong>sconforto no Governo britânico (que foi incapaz <strong>de</strong> articular uma<br />

resposta por recear uma reacção <strong>de</strong> elementos eurocépticos dos média britânicos) esta<br />

aparente dificulda<strong>de</strong> em “pensar” uma UE alargada que funcione eficientemente constitui uma<br />

oportunida<strong>de</strong> para a afirmação do Reino Unido;<br />

• 2005 Tony Blair garante a sua terceira vitória consecutiva nas eleições do Reino Unido e,<br />

pouco tempo <strong>de</strong>pois, abandona o cargo <strong>de</strong> Primeiro Ministro inglês;<br />

• 2005 Implementação do sistema <strong>de</strong> um Comissário por Estado-membro;<br />

• 2005 Tentativa dos membros do Eurogrupo <strong>de</strong> o tornar numa instituição com po<strong>de</strong>res<br />

formais que provocou uma gran<strong>de</strong> contestação dos seis novos membros da UE (os únicos que<br />

não faziam parte do Eurogrupo), os quais argumentavam que, imediatamente após a sua<br />

entrada no “clube”, os Estados-membros “mais velhos” queriam criar uma nova divisão para<br />

separar o Oeste do Leste. A Comissão também entrou na discussão dizendo que as<br />

disposições relativas à geometria variável não permitiam a criação <strong>de</strong> novas instituições da UE.<br />

A i<strong>de</strong>ia acabou por ser adiada. O que os membros do Eurogrupo queriam era adoptar<br />

procedimentos mais formais na <strong>de</strong>finição da política <strong>de</strong> fixação da taxa <strong>de</strong> câmbio e na<br />

coor<strong>de</strong>nação da política orçamental, bem como ter a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> instruir formalmente o seu<br />

porta-voz, Sr. Euroland. O seu argumento era que o alargamento recente tinha tornado o Ecofin<br />

gran<strong>de</strong>, “pesado” e com uma li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong>masiado dispersa para alcançar uma coor<strong>de</strong>nação<br />

eficiente das políticas;<br />

• 2006 (CIG) Atribuição ao Eurogrupo do carácter <strong>de</strong> instituição com po<strong>de</strong>res legalmente<br />

estatuídos. De facto, com a adopção da moeda única pela Polónia, os países da zona euro<br />

persuadiram os restantes (garantindo-lhes que entrariam no grupo assim que a<strong>de</strong>rissem à<br />

moeda única) a uma alteração dos Tratados que conferisse ao Eurogrupo po<strong>de</strong>res<br />

regulamentares. Assim, esta nova instituição, passou, entre outras coisas, a po<strong>de</strong>r mandatar o<br />

Sr. Euroland nas negociações internacionais, aprovar um regime para as taxas <strong>de</strong> câmbio e<br />

<strong>de</strong>cidir acerca do estabelecimento <strong>de</strong> bandas <strong>de</strong> referência para a taxa <strong>de</strong> câmbio dólar-euro;

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