INFORMAÇÃO INTERNACIONAL - Departamento de Prospectiva e ...
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O Euro e o Dólar - Passado Recente e Futuro Próximo<br />
momento em que estes embarcaram numa política <strong>de</strong> cortes <strong>de</strong> impostos <strong>de</strong>stinados<br />
a estimular o crescimento, nomeadamente por via do investimento), tornou muito mais<br />
oneroso para os operadores o lançamento dos serviços <strong>de</strong> internet móvel (já que o<br />
custo das licenças veio adicionar-se aos custos <strong>de</strong> criação das infra-estruturas <strong>de</strong><br />
re<strong>de</strong> necessárias);<br />
• uma queda pronunciada na bolsa dos EUA acompanhada por um eventual “apertar”<br />
<strong>de</strong> crédito por parte da banca <strong>de</strong>terminaria uma rápida liquidação <strong>de</strong> posições nas<br />
bolsas europeias por parte <strong>de</strong> muitos investidores institucionais americanos, que<br />
como vimos, suprem na Europa a <strong>de</strong>ficiente expressão <strong>de</strong> investidores europeus; tal<br />
significa uma muito mais estreita ligação do comportamento das bolsas americana e<br />
europeias;<br />
• uma quebra pronunciada na economia americana, se for acompanhada por uma nova<br />
crise nas economias emergentes da América Latina (vd. as dificulda<strong>de</strong>s da Argentina)<br />
vai colocar graves problemas às empresas que li<strong>de</strong>raram as “expedições” da zona<br />
Euro às Américas, nomeadamente o pequeno grupo <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s bancos e empresas<br />
espanholas e alemãs que as protagonizaram (Banco Santan<strong>de</strong>r Central Hispano,<br />
Banco Bilbao Vyscaia Argentaria, Telefónica, En<strong>de</strong>sa/Iberdrola, Repsol, Deutsche<br />
Bank, Daimler Benz, Siemens e Deutsche Telekom); se esses problemas se<br />
verificarem po<strong>de</strong>rão criar <strong>de</strong>sconfiança por parte dos investidores internacionais face<br />
aos activos privados europeus;<br />
A EUROPA E OS EUA – INOVAÇÃO E SECTORES DE ALTA TECNOLOGIA<br />
No relatório referente ao ano 2000 sobre a situação da indústria francesa, publicado pela<br />
Comissão Permanente <strong>de</strong> Concertação para a Indústria, do Ministério da Economia, das Finanças<br />
e da Indústria francês são feitas um conjunto <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rações sobre a economia e a indústria<br />
europeias e <strong>de</strong> comparação com os EUA (e o Japão) que merecem referência. Seleccionámos as<br />
seguintes:<br />
• a aceleração recente do crescimento europeu, estimulado pela <strong>de</strong>svalorização do Euro, não<br />
permite alcançar a dos EUA, cujos ritmos <strong>de</strong> produção industrial, do PIB e da FBCF<br />
permanecem superiores, tanto no médio como no longo prazo; assim, em 1999 e 2000 a<br />
FBCF americana crescia ainda ao ritmo <strong>de</strong> 8% (nota: já no final do período <strong>de</strong> expansão <strong>de</strong><br />
uma década), em contraste com os 5% da Europa), sendo no entanto previsível que o ritmo<br />
<strong>de</strong> crescimento do PIB europeu ultrapasse o dos EUA no primeiro semestre <strong>de</strong> 2001;<br />
• o crescimento verificado nos sectores industriais tradicionais confirma a especialização<br />
internacional da União Europeia nos bens <strong>de</strong> equipamento industrial, no material <strong>de</strong><br />
transporte, nos bens intermédios e no agroalimentar; paralelamente o peso <strong>de</strong> certos<br />
sectores básicos, como os metais e a fileira têxtil/vestuário tem diminuído na Europa sob o<br />
efeito das baixas <strong>de</strong> preços e da concorrência dos países em <strong>de</strong>senvolvimento;<br />
• no que respeita às indústrias baseadas nas novas tecnologias da informação e da<br />
comunicação, a União Europeia tem tido resultados na competição internacional<br />
diferenciados. Assim:<br />
• no sector dos equipamentos <strong>de</strong> telecomunicações o valor acrescentado nominal, entre<br />
1988 e 1997, aumentou mais rapidamente do que qualquer outro sector industrial, sendo<br />
que a Europa conta com vários grupos <strong>de</strong> primeiro plano neste sector;<br />
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