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INFORMAÇÃO INTERNACIONAL - Departamento de Prospectiva e ...

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O Euro e o Dólar - Passado Recente e Futuro Próximo<br />

5. APONTAMENTOS SOBRE UM CENÁRIO OPTIMISTA PARA AS RELAÇÕES EURO-<br />

DÓLAR<br />

5.1. Traços Gerais do Cenário Optimista<br />

Este Cenário teria como elementos <strong>de</strong> base uma “aterragem suave” da economia dos EUA;<br />

o êxito na introdução generalizada do Euro em Janeiro <strong>de</strong> 2002 e a plena exploração do<br />

potencial <strong>de</strong> transformação dos sistemas financeiros euro-continentais nos anos seguintes.<br />

Analisando mais em pormenor:<br />

• verificar-se-ia um abrandamento da economia americana num contexto <strong>de</strong> “aterragem<br />

suave”; sucessivas reduções <strong>de</strong> taxas <strong>de</strong> juro e reduções <strong>de</strong> impostos (explorando a<br />

margem <strong>de</strong> manobra acumulada durante a fase <strong>de</strong> expansão) impediriam uma séria<br />

crise no sistema bancário, na sequência da queda bolsista verificada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Março <strong>de</strong><br />

2000 e evitaria uma queda do consumo paralela à inevitável queda do investimento,<br />

<strong>de</strong>terminada pelos excessos momentâneos <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>, acumulados durante o<br />

“boom”;<br />

• prosseguiria o crescimento europeu (que se acelerou <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1998), não ameaçado<br />

por novos aumentos da taxa <strong>de</strong> juro por parte do BCE, e com base no investimento<br />

difusor das novas tecnologias da informação, revelando-se relativamente imune à<br />

<strong>de</strong>saceleração da economia americana;<br />

• assistir-se-ia à recuperação do diferencial <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> que as economias<br />

europeias têm relativamente à economia americana, num contexto <strong>de</strong> consolidação<br />

da fase ascen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> um ciclo <strong>de</strong> negócios <strong>de</strong>sfasado do dos EUA;<br />

• manter-se-ia a procura <strong>de</strong> activos em dólares pelos investidores institucionais<br />

europeus, há medida que as carteiras <strong>de</strong>stes fossem sendo alargadas <strong>de</strong>vido<br />

nomeadamente à privatização parcial dos sistemas <strong>de</strong> pensões; e assistir-se ia a um<br />

processo <strong>de</strong> investimento em larga escala em activos americanos “baratos” por parte<br />

dos investidores japoneses;<br />

• o Banco Central da China passaria a utilizar o EURO como uma das moedas <strong>de</strong><br />

reserva, o mesmo acontecendo com a Coreia do Sul e outros países da Ásia;<br />

reequilibrando mais claramente as funções do EURO como moeda <strong>de</strong> emissão e <strong>de</strong><br />

reserva;<br />

Neste contexto seria <strong>de</strong> esperar uma ligeira melhoria do câmbio do EURO face ao dólar.<br />

5.2. Limitações a um Cenário Optimista<br />

Ora um raciocínio da natureza que enformou o Cenário Optimista não po<strong>de</strong> ser o único a<br />

presidir a reflexões prospectivas sobre o comportamento do EURO nos próximos dois anos,<br />

por três razões principais:<br />

a) a economia da zona EURO não é capaz <strong>de</strong> gerar um crescimento endógeno capaz <strong>de</strong><br />

sobreviver a um a “aterragem turbulenta” da economia americana;<br />

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