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Informação Internacional
Em 1999, os fluxos de IDE na Europa Central e Oriental aumentou pelo terceiro ano
consecutivo. Pelo segundo ano, desde que teve início a transição para uma economia de
mercado, os inflows anuais excederam 20 biliões de dólares. A República Checa, Hungria,
Polónia e a Federação Russa continuam a ser os principais receptores de IDE.
No final de 1999, o IDE destes países atingiu os 110 biliões de dólares, com uma
concentração particular em quatro países – Polónia (30 biliões), Hungria (19 biliões),
Federação Russa (17 biliões) e República Checa (16 biliões) – os quais representam, no
seu conjunto, cerca de três quartos do total de IDE na Europa Central e Oriental.
No caso concreto da Polónia, este país constitui o maior receptor de IDE (7,5 biliões de
dólares), o qual tem vindo a crescer desde 1990. Os investidores estrangeiros são atraídos
sobretudo pelo amplo mercado doméstico (o segundo maior depois da Federação Russa em
termos de PNB e o terceiro maior depois da Federação Russa e Ucrânia em termos de
população). O IDE na República Checa em 1999 (5,1 biliões de dólares) excedeu os
números registados em 1998, graças à segunda fase de políticas de privatizações neste
país que abrem as portas à participação estrangeira, à semelhança da Hungria.
Considerando as diversas crises (na Ásia, Federação Russa e Kosovo) que varreram a
confiança nos mercados emergentes, o crescente aumento do IDE nos países da Europa
Central e Oriental assume-se como um facto assinalável. A crise russa de 1998 não impediu
que esta região registasse recordes nesta área, e mesmo com os problemas ocorridos em
países como a Bulgária e a Croácia, os níveis de IDE mantiveram-se.
Se analisarmos o IDE em 1999, comparando-o em termos percentuais com a formação
bruta de capital fixo, verificamos que são os países de menor dimensão que continuam a ser
mais internacionalizados através do IDE: é o caso da Bulgária, Estónia e Letónia. A nível do
PNB, são mais uma vez os países mais pequenos (Hungria 40%, República Checa 31%,
Letónia 31%, Estónia 42%) que apresentam rácios mais elevados que os países de maiores
dimensões (Polónia 18%, Federação Russa 9%, Ucrânia 11%).
Quanto ao IDE destes países no exterior durante 1999, é de assinalar que a Europa Central
e Oriental recuperou ligeiramente da diminuição registada em 1998, embora o nível actual
(cerca de 2,6 biliões de dólares) é ainda mais baixo do que em 1997 (3,6 biliões de dólares).
Enquanto que o valor do IDE no exterior aumentou na Federação Russa e na República
Checa em 1999, houve um decréscimo na Hungria e Polónia.
Os dados disponíveis indicam que o volume de IDE destes países no exterior varia de país
para país. Destacam-se a Croácia, Estónia, Eslovénia, Eslováquia e República Checa,
seguindo-se a Hungria e a Federação Russa. Na maioria dos casos, é notável o peso do
IDE intra-regional – sobretudo entre países vizinhos e mais próximos em termos
geográficos. O restante IDE no exterior é direccionado para a Europa Ocidental.
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