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INFORMAÇÃO INTERNACIONAL - Departamento de Prospectiva e ...

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União Europeia: e se tudo corresse bem?<br />

Em paralelo com esta <strong>de</strong>finição gradual da PESD, assistiu-se, nos últimos anos, a um<br />

processo <strong>de</strong> concentração das indústrias europeias <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa e do espaço que po<strong>de</strong>rá<br />

facilitar uma maior coor<strong>de</strong>nação das compras públicas dos Estados da União e uma maior<br />

coor<strong>de</strong>nação dos esforços <strong>de</strong> I&D, permitindo à União recuperar atrasos tecnológicos e<br />

envolver-se no <strong>de</strong>senvolvimento e fabrico <strong>de</strong> novos sistemas <strong>de</strong> armas adaptados às<br />

exigências da PESD. Essa concentração levou até agora à criação <strong>de</strong> três gran<strong>de</strong>s pólos<br />

empresariais: um franco-alemão, em torno da Aérospatiale-Matra francesas e da DASA<br />

alemã, que com a CASA espanhola constituíram a EADS; um pólo britânico em torno da<br />

British Aerospace; e um francês em torno da Thomson (agora re<strong>de</strong>nominada Thales).<br />

No entanto, ao mesmo tempo que estas <strong>de</strong>cisões foram tomadas no seio da UE, na OTAN<br />

foram iniciados os estudos prévios <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminação da viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa<br />

anti-míssil para o “teatro europeu”, nos quais estão envolvidos consórcios <strong>de</strong> empresas<br />

europeias e norte-americanas.<br />

AS GRANDES INCERTEZAS PARA 2000-2010 – UMA HIPÓTESE<br />

• O sucesso da UEM, sem fe<strong>de</strong>ralismo fiscal, face a choques simétricos e assimétricos;<br />

• A manutenção <strong>de</strong> abordagens comuns quanto aos modos <strong>de</strong> tratar as questões dos<br />

sistemas <strong>de</strong> pensões, da fiscalida<strong>de</strong> e das políticas <strong>de</strong> estímulo à inovação e ao<br />

crescimento;<br />

• O sucesso da estabilização dos Balcãs, mantendo a preferência pela estabilida<strong>de</strong> das<br />

fronteiras e por Estados multiétnicos;<br />

• A rapi<strong>de</strong>z do alargamento, face à necessária reformulação das políticas comuns<br />

tradicionais – nomeadamente da PAC;<br />

• O êxito da “nova coesão” em torno das questões da imigração, asilo e combate à<br />

criminalida<strong>de</strong>;<br />

• A manutenção <strong>de</strong> um consenso alargado em torno das priorida<strong>de</strong>s para a Defesa<br />

Europeia: criação <strong>de</strong> meios autónomos <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e <strong>de</strong> intervenção em crises a nível<br />

mundial.<br />

2. O MUNDO E A UE EM 2010 – A IMAGEM FINAL DO CENÁRIO OPTIMISTA<br />

2.1. O mundo em 2010<br />

A década <strong>de</strong> 2000/2010 foi uma década <strong>de</strong> crescimento comparável à <strong>de</strong> 90, apenas<br />

interrompida, na sequência <strong>de</strong> um crash bolsista, pela recessão <strong>de</strong> 2004/5 nos EUA. No<br />

entanto, a gran<strong>de</strong> diferença entre as duas décadas foi que, em média, na que terminou em<br />

2010, a UE obteve taxas <strong>de</strong> crescimento superiores às dos EUA, tendo sido pouco afectada<br />

pela recessão. De facto, a dinâmica <strong>de</strong> inovação do seu Mercado Interno e o efeito motor do<br />

rápido processo <strong>de</strong> catching-up da Europa Central e Oriental tornaram a Europa mais<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da conjuntura americana.<br />

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