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Informação Internacional
desenvolvimento económico da Valónia ocorrido entre a primeira metade do séc. XX e o
período imediatamente posterior à 2ª Guerra Mundial. Estas entidades e as grandes
empresas que materializaram esse surto de desenvolvimento, em pouco mais de quatro
anos, passaram para o controlo accionista francês e holandês, quer no sector bancário, quer
nos sectores infra-estrutural e industrial.
a) Sector Bancário
Na Bélgica, os contornos do sector bancário, no inicio da década de 90 incluíam a fraca
expressão da Administração Central na propriedade dos bancos; um mais forte
intervencionismo do Estado na regulamentação, segmentação e abertura do sector do que
acontecia na Holanda; uma maior fragmentação bancária do que na Holanda; a existência,
tal como na Holanda, de um sector bancário cooperativo com expressão significativa.
Entre os grandes estabelecimentos privados destacavam-se a Societé Génerale de
Belgique e o Banque Bruxelles Lambert (BBL) símbolos da supremacia económica e
financeira tradicional da elite francófona, o Kredietbank, de raiz flamenga e o ASLK-CGER
controlado pelo banco holandês ABN-AMRO. De entre os estabelecimentos com capitais
públicos salientava-se o Crédit Communal de Belgique, ligado ao financiamento das
autarquias locais.
Posteriormente a 1996 desencadeia-se um intenso movimento de consolidação, que afecta
em particular os sete maiores bancos do país, e apresenta forte expressão de soluções
transfronteiriças. Assim:
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• em 1996 o Crédit Communal de Belgique funde-se com o Crédit Local de France
dando origem a um poderoso grupo bancário bicéfalo, fortemente internacionalizado e
especializado no financiamento de grandes infra-estruturas – o DEXIA – que em 1999
acabou por ser unificado sob direcção belga; e já antes adquirira parte do capital da
terceira empresa seguradora do país – a SMAP;
• em 1997, o Bacob Bank absorveu o Paribas Banque Belgium dando origem a uma
nova instituição – a ARTESIA;
• em 1998, é a vez da tentativa de criação de um grande banco belga, com projecção
internacional, que resultasse da fusão da Societé Génerale de Banque (SGB) com o
Banque Bruxelles Lambert (BBL) como chegou a ser pensado e iniciado; tal tentativa
fracassou e os dois bancos acabaram por ser adquiridos;
• a SGB pelo grupo belga – holandês FORTIS, que o integraria posteriormente com o
ASLK – CGER, formando efectivamente um grande grupo bancário europeu, com
“dupla nacionalidade” e com uma capitalização bolsista semelhante, em 1998, à do
Deutsche Bank;
• o BBL pelo banco holandês ING que detinha 20% do seu capital desde uma tentativa
abortada de aquisição em 1992 e que se opôs à diluição da sua posição accionista
que resultaria de uma eventual fusão SGB/BBL (a tomada do controlo do BBL deu-se
após uma “batalha” entre os dois maiores bancos holandeses – o ING e o ABN-
AMRO – de que o primeiro saiu vitorioso).