INFORMAÇÃO INTERNACIONAL - Departamento de Prospectiva e ...
INFORMAÇÃO INTERNACIONAL - Departamento de Prospectiva e ...
INFORMAÇÃO INTERNACIONAL - Departamento de Prospectiva e ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Espanha: Infra-estruturas <strong>de</strong> Transporte e Mo<strong>de</strong>lo Territorial<br />
Económico Europeu (EEE),<strong>de</strong>fine objectivos concretos a curto, médio e longo prazos, bem<br />
como os instrumentos indispensáveis à respectiva obtenção (Mapa 1).<br />
Nesta linha <strong>de</strong> actuação, i<strong>de</strong>ntifica a procura <strong>de</strong> infra-estruturas <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo<br />
territorial, sintetizador quer das limitações existentes quer das áreas e eixos <strong>de</strong> potencial<br />
<strong>de</strong>senvolvimento sob a perspectiva <strong>de</strong> uma integração nas Re<strong>de</strong>s Transeuropeias <strong>de</strong><br />
Transporte (RTE).<br />
Não constituindo o favorecimento do transporte intermodal, um fim em si mesmo, o gran<strong>de</strong><br />
objectivo das entida<strong>de</strong>s responsáveis <strong>de</strong> Espanha é, fundamentalmente, criar todas as<br />
condições necessárias para que os transportes <strong>de</strong> todo o tipo se venham a <strong>de</strong>senvolver sob<br />
os melhores padrões <strong>de</strong> eficácia, segurança e no respeito pelo ambiente.<br />
Nesse sentido, o estabelecimento <strong>de</strong> estratégias <strong>de</strong> conexão intermodal, como seja a<br />
planificação e construção <strong>de</strong> ligações a<strong>de</strong>quadas aos portos, aeroportos e plataformas<br />
logísticas, assume-se como a pedra-<strong>de</strong>-toque para “integrar” o território espanhol no Gran<strong>de</strong><br />
Espaço Europeu até à primeira década do próximo século.<br />
Em consonância com estes objectivos preten<strong>de</strong>-se, através do mo<strong>de</strong>lo a aplicar no território,<br />
ir atenuando a forte concentração populacional e económica em centros urbanos junto ao<br />
litoral que tem como reverso a <strong>de</strong>sertificação interior penalizando, por consequência, as<br />
interconexões e processos <strong>de</strong> difusão que <strong>de</strong>sactualizam nalgumas vertentes o mo<strong>de</strong>lo<br />
Radial historicamente adoptado no que concerne a vias <strong>de</strong> comunicações terrestres e que<br />
se torna imperioso adaptar às actuais necessida<strong>de</strong>s e tendências. Apenas algumas<br />
ligações, formando corredores litorais e fluviais apresentavam procuras <strong>de</strong> interconexões<br />
contínuas e intensas.<br />
O actual mo<strong>de</strong>lo consagra Eixos 3 e Corredores com grau distinto <strong>de</strong> consolidação e que<br />
evi<strong>de</strong>nciam o papel a <strong>de</strong>sempenhar pelas novas infra-estruturas.<br />
Todavia, a totalida<strong>de</strong> das ligações terrestres previstas para o Oci<strong>de</strong>nte peninsular<br />
encontram-se mais atrasadas, não só na concretização física, como na <strong>de</strong>finitiva opção nos<br />
traçados (regiões a atravessar), articulação e pon<strong>de</strong>ração dos diversos modos <strong>de</strong> transporte<br />
(multimodalida<strong>de</strong>) e estes <strong>de</strong>ntro do traçado <strong>de</strong>finitiva escolhido.<br />
Tais in<strong>de</strong>finições e atrasos para cuja resolução não pareceram, num passado bem recente,<br />
estar as autorida<strong>de</strong>s espanholas <strong>de</strong>masiado empenhadas (caso das ligações e exploração<br />
conjunta <strong>de</strong> tráfegos e trajectos ferroviários), inevitavelmente remetem a faixa atlântica da<br />
Península, nas conexões com as gran<strong>de</strong>s rotas terrestres europeias para uma <strong>de</strong>pendência<br />
acrescida dos espaços geográficos que se interpõem entre a fronteira portuguesa e os<br />
Pirinéus.<br />
E não apenas na vertente terrestre, a <strong>de</strong>pendência dos territórios intermédios nos acessos à<br />
restante Europa se po<strong>de</strong> agudizar. Limitados e <strong>de</strong>ficientes em qualida<strong>de</strong> irão induzir<br />
perversos efeitos noutros modos, <strong>de</strong>signadamente no marítimo e aéreo e,<br />
consequentemente, nas infra-estruturas em terra que os apoiam e viabilizam. Isto é: nos<br />
portos e aeroportos portugueses.<br />
201