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INFORMAÇÃO INTERNACIONAL - Departamento de Prospectiva e ...

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A OTAN E A DEFESA ANTI-MÍSSEIS DA EUROPA<br />

Em Foco<br />

Em Outubro <strong>de</strong> 1999 a OTAN <strong>de</strong>u luz ver<strong>de</strong> para a realização <strong>de</strong> dois estudos <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa anti-mísseis <strong>de</strong> “teatro”, que permitisse <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r as forças móveis<br />

da Aliança, com a dimensão <strong>de</strong> um corpo <strong>de</strong> exército, ou situados em zonas <strong>de</strong> alto risco, <strong>de</strong><br />

ataques <strong>de</strong> mísseis lançados por Estados hostis ou por organizações terroristas.<br />

Este novo sistema é concebido, não como uma capacida<strong>de</strong> isolada, mas como uma<br />

extensão multi-níveis do actual sistema <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa aérea da OTAN; o seu nível superior terá<br />

como objectivo <strong>de</strong>struir mísseis balísticos <strong>de</strong> médio ou longo alcance, com raios <strong>de</strong> acção<br />

até aos 3500 Km, quer fora quer <strong>de</strong>ntro da atmosfera, enquanto o nível inferior terá como<br />

objectivo a <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> mísseis <strong>de</strong>ntro da atmosfera, <strong>de</strong>stinando-se sobretudo a fazer face<br />

a ataques <strong>de</strong> mísseis <strong>de</strong> curto alcance e <strong>de</strong> mísseis <strong>de</strong> cruzeiro<br />

Este tipo <strong>de</strong> sistema distingue-se obviamente da proposta <strong>de</strong> Defesa Nacional Anti-Missil<br />

<strong>de</strong>fendida pela nova Administração Bush, <strong>de</strong>stinada a proteger um espaço continental <strong>de</strong><br />

ataques <strong>de</strong> mísseis balísticos intercontinentais, dispondo pois das características <strong>de</strong> um<br />

sistema <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa estratégica, ao contrário da encarada na OTAN que tem uma missão<br />

limitada à <strong>de</strong>fesa directa <strong>de</strong> forças ou <strong>de</strong> locais situados num dado “teatro <strong>de</strong> guerra”.<br />

Os dois estudos <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong>, para cuja realização os concorrentes apresentaram<br />

propostas até 15 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2001 <strong>de</strong>verão estar concluídos no final <strong>de</strong> 2002, seguindo-se<br />

um período <strong>de</strong> um ano em que a OTAN <strong>de</strong>finirá um ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> encargos para a realização<br />

do sistema, iniciando-se assim a sua fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, que <strong>de</strong>verá permitir à<br />

Aliança tomar uma <strong>de</strong>cisão em 2004 sobre o efectivo <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um sistema<br />

operacional, cuja instalação se concretizaria em 2010.<br />

O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um sistema como o que a OTAN preten<strong>de</strong> implementar envolve<br />

tecnologias <strong>de</strong> ponta centrais para as indústrias <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa que quiserem permanecer<br />

competitivas na próxima década, já que exige avanços ao nível das tecnologias <strong>de</strong> recolha e<br />

tratamento <strong>de</strong> informação, comando e controlo, “gestão <strong>de</strong> batalha”, comunicações,<br />

“software”, bem como <strong>de</strong> inovação ao nível das plataformas a lançar e a guiar a partir <strong>de</strong><br />

terra, mar, ar e eventualmente do espaço ou ao nível dos satélites. Não surpreen<strong>de</strong>, pois<br />

que dos quatro consórcios que se apresentaram ao concurso para os dois referidos estudos<br />

<strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong>, até à data limite <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2001:<br />

• cada um <strong>de</strong>les seja li<strong>de</strong>rado por uma das quatro gran<strong>de</strong>s empresas norte-americanas<br />

das indústrias da <strong>de</strong>fesa e do espaço – Lochheed Martin, Raytheon, Boeing e<br />

Northrop Grumman;<br />

• todos eles incluam uma unida<strong>de</strong> distinta do novo conglomerado europeu das<br />

indústrias da <strong>de</strong>fesa – a EADS – constituída em 1999, em resultado da fusão da<br />

francesa Aerospatiale/Matra, da alemã DASA e da espanhola CASA.

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