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progresso PLP. Este realinhamento permitiu ao PLP deixar de ser um pequeno partido anticlerical
para se transformar num importante partido conservador.
As eleições de 1965 marcaram uma aparente ruptura :o partido socialista PSB-BSP e o
partido social cristão – PSC-CVP obtêm um dos piores resultados de sempre e o novo
partido da liberdade e progresso PLP obtém um resultado que quase o iguala a qualquer
dos anteriores. Mas a década seguinte viria revelar que esta mudança não tinha raízes
sólidas – o PDL viu reduzir o seu peso.
A partir de 1962 e 63 começa a observar-se um novo fenómeno que teve já a sua expressão
plena nas eleições de 1968 e 1971 – o do surgimento de novas formações políticas com
uma base territorial regional – o Volksunie, flamengo e federalista; o Rassemblemet Wallon
e o Front Démocratique des Bruxellois, francófonos.
As sequelas da derrota de 1965, a progressão dos partidos regionalistas e a discussão
sobre a reforma do Estado desencadearam nos primeiros anos da década de 70 a implosão
de duas grandes “famílias” políticas nacionais – sociais cristãos e liberais- de acordo com a
clivagem flamengos/valões. Os partidos que se originam nessas famílias e que passam a ter
uma base regional deixam de ter estruturas comuns de coordenação, embora possam
participar em conjunto em coligações governamentais. Data dessa altura o surgimento de
uma assimetria entre as duas principais “famílias políticas”– o partido social cristão
flamengo- CVP- é de longe mais significativo que o seu homólogo da Valónia e recebe a
herança do “pilar católico”.
As eleições de 1971, posteriores à primeira reforma do Estado, dão grande protagonismo
aos três partidos regionalistas, e tornam mais complexa a formação de coligações nos anos
seguintes. Em 1978 é a vez de se dar a implosão do partido socialista, de acordo com a
mesma clivagem flamengos/valões. A ala flamenga é acusado de aproximação aos
conservadores do CVP e o novo Partido socialista flamengo vai estar mais ancorado no
movimento de federalização da Bélgica.
Quando se realiza a segunda reforma do estado, em 1980, paisagem política belga tem
como característica principal que em cada uma das três regiões o partido dominante é
diferente: Social Cristão-CVP na Flandres, Partido Socialista-PS na Valónia e Front
Démocratique des Bruxellois FDF, na região de Bruxelas – Capital.
O crescimento das alas regionais em cada família política e o avanço na descentralização
do Estado fez perder pouco a pouco o peso dos partidos regionalistas da década de 70 – o
Rassemblement Wallon desaparece e o FDF e o Volksunie experimentam recuos eleitorais
significativos durante os anos 80.
Na década de 80 assiste-se quer ao nascimento de dois partidos ecologistas – um flamengo
Agalev e um francófono Ecolo – quer ao surgimento de um partido de extrema direita na
Flandres – o Vlaams Blok, inicialmente com expressão reduzida e que gradualmente
transformou a luta contra a imigração na sua principal bandeira, expandindo a sua
representação a toda a região.
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