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Quanto aos restantes projectos, há que relevar os que beneficiaram de comparticipações da
UE a nível de estudos, numa perspectiva de inserção nas Redes Transeuropeias, embora
para alguns deles a respectiva execução material (no terreno) não se encontre ainda datada
com rigor.
Assim, a UE financiou durante os anos de 1996 e 1997 os estudos e ante-projectos de
modernização, renovação e electrificação das infra-estruturas ferroviárias entre Fuentes de
Oñoro-Valladolid a integrar na linha Bordéus-Dax-Irún-Vitoria-Burgos-Valladolid-Salamanca-
Porto-Lisboa, que se constituirá como o eixo transversal peninsular percorrendo em grande
parte o Vale do Douro e completará a acessibilidade Norte e Noroeste da Península à nova
infra-estrutura a construir entre Madrid e Valladolid/Medina del Campo (Variante do
Guadarrama), matéria já aflorada quando das referências ao sistema ferroviário de
Espanha. 47
Em termos de ligação a Portugal refira-se o eixo Sul Atlântico Sevilha-Lisboa que termina o
projecto relativo aos enlaces multimodais peninsulares (projecto nº8) com o resto do
continente. A ligação Ayamonte- Vila Real de St.º António, deverá estar concluída em 2002.
A ligação Huelva-Sevilha, encontra-se já em funcionamento.
Também os anteprojectos referentes ao eixo Tui-Redondela-Santiago de Compostella-
Coruña na “Fachada Atlântica”, correspondendo ao eixo Norte Atlântico 48 quando efectuada
a ligação com Lisboa, requer um investimento de 900 milhões de euros, sendo 300 milhões
aproximadamente a quota espanhola, tendo como comparticipação da UE um montante
superior a 26,5 milhares de milhões de euros. Igualmente, a linha a iniciar em Lisboa (Linha
da Beira Baixa), Vilar Formoso e Fuentes de Oñoro, recebeu ajudas da Comunidade. Estes
eixos de conexão entre o extremo Ocidental da Península (Portugal) e o resto da Europa,
reúnem-se na recentemente remodelada e electrificada Linha da Beira Alta (já terminada e
em funcionamento) com origem no Porto e passando por Fuentes de Oñoro.
Não obstante o interesse sempre demonstrado pela CP em que as ligações pelo Trenhotel
Lusitânia se efectuassem por Fuentes de Oñoro e Salamanca, a RENFE manteve a posição,
também sempre defendida, de que as ligações se deveriam efectuar por Marvão-Valencia
de Alcântara, em serviço há mais de 20 anos, já que a travessia da Extremadura espanhola
possui carácter estruturante do território do país vizinho. Decorrente dessa posição negocial,
o Trenhotel Lusitânia segue por este itinerário, realizando 2 serviços diários e é gerido pela
Unidade de Mercado Nordeste/Centro, (cabendo-lhe a venda de bilhetes) com material
Talgo Pendular.
A perspectiva de uma associação do tipo AEIE, à semelhança da associação, de riscos
repartidos, entre a RENFE e a SNCF, com o objectivo de comercializar e explorar os
tráfegos ferroviários que unem Espanha e Portugal, com principal destaque para a ligação
Madrid-Lisboa e dado circular pelo Norte português, estender-se-ia até França,
atravessando a Meseta ibérica.
Em termos de ligações ferroviárias de mercadorias há que destacar as que regularmente se
realizam à 3ª, 4ª e 6ª feiras entre a estação de mercadorias Can Tunis servida pelo porto de
Barcelona e Lisboa, passando por Leixões, Aveiro e Setúbal, constituindo um dos principais
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