INFORMAÇÃO INTERNACIONAL - Departamento de Prospectiva e ...
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União Europeia: e se tudo corresse bem?<br />
• 2005 Fixação, pelo Conselho Europeu, <strong>de</strong> objectivos (paralelos aos da reforma<br />
económica) ligados à promoção da coesão social, à redução da exclusão social e à<br />
melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida. Estes objectivos surgiram como resposta à popularida<strong>de</strong><br />
inicial dos programas <strong>de</strong> reforma económica da UE e, através <strong>de</strong>les, os Governos <strong>de</strong>ixaram<br />
claro que o seu objectivo era mo<strong>de</strong>rnizar e preservar o mo<strong>de</strong>lo social europeu;<br />
• 2005 EUA e UE <strong>de</strong>ci<strong>de</strong>m que as respectivas Agência Alimentares <strong>de</strong>veriam <strong>de</strong>finir<br />
métodos e procedimentos comuns e ter acesso aos trabalhos uma da outra. Esta tomada<br />
<strong>de</strong> posição surgiu em resultado <strong>de</strong> múltiplas querelas transatlânticas nesta área, as quais não<br />
foram solucionadas pela criação, no início da década, <strong>de</strong> uma Agência Alimentar Europeia;<br />
• 2006 A<strong>de</strong>são da Polónia ao euro (e, logo, ao Eurogrupo);<br />
• 2006 (CIG) Atribuição ao Eurogrupo do carácter <strong>de</strong> instituição com po<strong>de</strong>res legalmente<br />
estatuídos. De facto, com a adopção da moeda única pela Polónia, os países da zona euro<br />
persuadiram os restantes (garantindo-lhes que entrariam no grupo assim que a<strong>de</strong>rissem à<br />
moeda única) a uma alteração dos Tratados que conferisse ao Eurogrupo po<strong>de</strong>res<br />
regulamentares. Assim, esta nova instituição, passou, entre outras coisas, a po<strong>de</strong>r mandatar o<br />
Sr. Euroland nas negociações internacionais, aprovar um regime para as taxas <strong>de</strong> câmbio e<br />
<strong>de</strong>cidir acerca do estabelecimento <strong>de</strong> bandas <strong>de</strong> referência para a taxa <strong>de</strong> câmbio dólar-euro;<br />
• 2006 (CIG) Re-arranjo da composição do Conselho do BCE. Com o alargamento, o<br />
equilíbrio existente no Conselho do BCE entre os 6 directores executivos e os governadores<br />
dos Bancos centrais da Euroland <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> existir, fazendo com que certas coligações <strong>de</strong><br />
interesses nacionais se tornassem <strong>de</strong>masiado fortes relativamente ao próprio Banco. Para<br />
corrigir esta situação, a CIG <strong>de</strong>cidiu, seguindo o exemplo do Conselho <strong>de</strong> Segurança das<br />
Nações Unidas, que os países pequenos passarão a enviar à vez os seus governadores para o<br />
órgão <strong>de</strong>cisor do BCE. Adicionalmente, clarificou e <strong>de</strong>finiu o papel do BCE como len<strong>de</strong>r of last<br />
resort do sistema bancário e das bolsas <strong>de</strong> valores;<br />
• 2006 Reforma da PAC, cuja adopção, tal como seria previsível, se revelou muito difícil, com o<br />
acordo a <strong>de</strong>morar vários meses a ser atingido. Com variadíssimos países prestes a entrar na<br />
UE, os Governos dos Estados-membros, pressionados, acabaram por embarcar numa reforma<br />
radical da CAP que envolveu cortes adicionais nos preços, “gradação” da diminuição das<br />
ajudas financeiras (<strong>de</strong> forma que os pagamentos aos agricultores da Europa Oci<strong>de</strong>ntal fossem<br />
diminuindo ao longo do tempo) e “co-financiamento” (<strong>de</strong> forma a que os Governos nacionais<br />
fiquem responsáveis por uma parte crescente dos custos das transferências para os seus<br />
agricultores, tendo como objectivo alcançar os 50% em 2010);<br />
• 2006 (CIG) Todas as <strong>de</strong>cisões no âmbito da política comercial passarão a ser tomadas<br />
por votação por maioria qualificada (VMQ). Na prática, a extensão das VMQ ao comércio<br />
nos serviços e à proprieda<strong>de</strong> intelectual aumentou a autorida<strong>de</strong> da Comissão nas negociações<br />
internacionais;<br />
• 2006 Conclusão da ronda negocial no âmbito da OMC iniciada em 2001. De referir que o<br />
acordo radical alcançado em termos <strong>de</strong> reforma da PAC aumentou o po<strong>de</strong>r da UE no seio da<br />
OMC ao conquistar parcerias entre vários países em vias <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e contribuiu para<br />
a conclusão <strong>de</strong>sta ronda negocial 14<br />
• 2007 Em resultado do esforço <strong>de</strong> lobby das empresas multinacionais (<strong>de</strong>scontentes com os<br />
resultados da ronda da OMC, particularmente no que concerne às barreiras não-tarifárias), a<br />
14<br />
Para mais pormenores relativos às <strong>de</strong>cisões tomadas nesta ronda <strong>de</strong> negociações da OMC, ver as páginas<br />
37-38 do trabalho <strong>de</strong> Charles Grant (www.cer.org.uk/x0345cer/2010final.pdf).<br />
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