INFORMAÇÃO INTERNACIONAL - Departamento de Prospectiva e ...
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Informação Internacional<br />
268<br />
A POLÓNIA NA OTAN<br />
Da integração da Polónia na OTAN <strong>de</strong>corre a mo<strong>de</strong>rnização das Forças Armadas, para o que a<br />
aliança atlântica contribui com 500 milhões <strong>de</strong> euros (100 MC) até 2009. Assim:<br />
• em Março <strong>de</strong> 2000 recebeu dos EUA – cujos interesses representa no Iraque <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />
guerra do Golfo –, em Norfolk, uma fragata, e está prevista a oferta <strong>de</strong> uma segunda<br />
fragata;<br />
• prepara-se para renovar a esquadrilha <strong>de</strong> aviões <strong>de</strong> combate, composta por velhos MIG-21<br />
soviéticos, à excepção <strong>de</strong> alguns MIG-29 harmonizados pelas normas da NATO. Depois <strong>de</strong><br />
entrar na NATO, em MAR99, a Polónia fez em MAI99 um pedido informal para a<br />
apresentação <strong>de</strong> propostas. Apareceram cinco: Lockheed fornece 16 aviões F-16 a título<br />
<strong>de</strong> empréstimo gratuito, a Polónia apenas pagaria a formação dos pilotos e a mo<strong>de</strong>rnização<br />
dos aparelhos; Dassault (Mirage 2000-5) – que propõe a produção dos Mirage na Polónia,<br />
com a transferência da tecnologia necessária por parte da Dassault, Snecma (motores),<br />
Tales (radares) e Matra BAE Dynamics (mísseis MICA) –; Boeing (F-18); Rússia (MIG-29) –<br />
em 11JAN01, a Rússia e a Alemanha assinaram em Moscovo um acordo para a<br />
mo<strong>de</strong>rnização dos 123 caças MIG-29 possuídos pelos países do ex-Pacto <strong>de</strong> Varsóvia,<br />
mercado estimado em 400 milhões USD –; e um consórcio sueco-britânico, Saab-BAE, que<br />
empresta 16 caças Gripen, que equipa as forças aéreas <strong>de</strong> Suécia e África do Sul, por<br />
cinco anos sem obrigação <strong>de</strong> compra, e oferece a formação dos pilotos;<br />
• anunciou em 19 Janeiro 2001 a intenção <strong>de</strong> se dotar até 2006 <strong>de</strong> seis radares <strong>de</strong> longa<br />
distância para integrar o sistema <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa aérea da NATO. Estes radares custarão 32 MC,<br />
dos quais a NATO suporta 25 MC e a Polónia os restantes sete. Três serão equipados com<br />
radares polacos Nur-12 M e os outros serão adquiridos ao exterior. Em Novembro a<br />
Polónia tinha comprado aos EUA nove radares móveis <strong>de</strong> curta distância por 0,96 MC e<br />
preten<strong>de</strong> adquirir mais 300.<br />
Mas estes apoios não são sem contrapartida. A Polónia também tem a sua parte. Durante a<br />
discussão do orçamento <strong>de</strong> Estado para 2001, o comandante supremo da NATO na Europa,<br />
Joseph W. Ralston, <strong>de</strong>slocou-se a Varsóvia para pressionar o aumento da <strong>de</strong>spesa militar polaca.<br />
O governo tinha proposto uma subida absoluta <strong>de</strong> 3,3 mil milhões USD para 3,6 mil milhões USD,<br />
mas que representava uma queda em termos <strong>de</strong> peso no orçamento, <strong>de</strong> 9,5% para 8,2%. Mesmo<br />
assim o parlamento mostrava-se inclinado para um aumento nominal <strong>de</strong> zero da <strong>de</strong>spesa militar.<br />
Para obter dinheiro, o Ministério da Defesa planeia uma redução <strong>de</strong> efectivos <strong>de</strong> 190 mil para 150<br />
mil até 2006. Desta forma, preten<strong>de</strong> financiar treinos mais complexos e adquirir armas mo<strong>de</strong>rnas.<br />
5. A RÚSSIA ORGANIZA UM SEGUNDO BYPASS DA UCRÂNIA – AGORA PARA A<br />
TURQUIA<br />
A Turquia é o mais importante mercado energético do Mar Negro e com potencial <strong>de</strong><br />
crescimento. Segundo a AIE, e só no que respeita ao gás natural, a Turquia importou 9,89<br />
mmmc em 1998, dos quais 6,55 mmmc da Rússia, 2,84 mmmc da Argélia e 0,5 mmmc dos<br />
Emiratos Árabes Unidos (EAU). A companhia estatal Botas espera que o consumo suba<br />
para 55 mmmc em 2010 e passe os 80 mmmc em 2020; estimativas in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, mais<br />
conservadoras, apontam para 40 a 55 mmmc entre 2010-2020 (relembre-se que a Rússia<br />
exporta cerca <strong>de</strong> 100 mmmc para a UE).