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INFORMAÇÃO INTERNACIONAL - Departamento de Prospectiva e ...

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Pontos Fracos<br />

A Índia e os serviços no "Ciberespaço" - Visão <strong>de</strong> um Futuro Possível<br />

• Encontra-se limitada por um peso burocrático excessivo por parte do governo,<br />

embora a partir <strong>de</strong> 1991 se tenha vindo a assistir a uma tendência mais liberalizadora<br />

e <strong>de</strong>sregulamentadora da economia indiana. De facto, os governos central e<br />

estaduais ainda regulam os preços <strong>de</strong> muitos produtos essenciais, incluindo produtos<br />

agrícolas, açúcar, óleos, serviços médicos básicos, energia, água e muitos inputs<br />

industriais;<br />

• existem receios no que respeita aos crónicos défices orçamentais extremamente<br />

elevados (o défice do governo central tem rondado os 5,5 a 6,5% do PIB, com o<br />

défice do sector público consolidado, incluindo os Estados, a situar-se ao nível dos 9<br />

a 10% do PIB). Ao nível das finanças públicas, estas ainda se encontram muito<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes dos impostos indirectos, nomeadamente <strong>de</strong> tarifas impostas às<br />

importações 1 . Entre 1991 e 1998, os impostos indirectos representaram cerca <strong>de</strong> 70%<br />

das receitas fiscais do governo central, indicador facilmente explicado se se<br />

consi<strong>de</strong>rar que a base <strong>de</strong> tributação <strong>de</strong> impostos directos apenas inclui 20 milhões <strong>de</strong><br />

contribuintes <strong>de</strong> uma população total <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> mil milhões <strong>de</strong> pessoas;<br />

• existem ainda muitas barreiras à entrada nos sectores dos serviços. O governo<br />

controlo a maioria dos sectores <strong>de</strong> serviços, quer parcial, quer totalmente, embora<br />

seja crescente o número <strong>de</strong> participantes do sector privado que obtêm permissão<br />

para competir no mercado. De facto, apesar da entrada <strong>de</strong> bancos privados ainda se<br />

encontrar muito regulada, foram concedidas aprovações para a entrada <strong>de</strong> 25 novos<br />

bancos estrangeiros ou agências bancárias <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1993. Acrescente-se que o<br />

governo está actualmente a rever a sua posição monopolista no sector segurador<br />

tendo em vista uma futura liberalização e reforma do sector. Cada vez mais empresas<br />

estrangeiras, sozinhas ou em parcerias com empresas indianas, estão a entrar nos<br />

sectores das telecomunicações, publicida<strong>de</strong>, contabilida<strong>de</strong> e numa multiplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

se serviços <strong>de</strong> consultadoria. Estas tendências mostram a percepção crescente do<br />

potencial da Índia como gran<strong>de</strong> exportador <strong>de</strong> serviços e a exigência crescente no<br />

sentido <strong>de</strong> um mercado <strong>de</strong> serviços mais aberto;<br />

• as <strong>de</strong>spesas em TI como percentagem do PIB é actualmente <strong>de</strong> 1,68%. Nos EUA, as<br />

<strong>de</strong>spesas em TIs como percentagem do PIB é superior a 6%;<br />

• o país ainda tem infra-estruturas <strong>de</strong> telecomunicações (cobertura, largura <strong>de</strong> banda,<br />

etc.), e <strong>de</strong> transporte muito insuficientes, bem como necessida<strong>de</strong>s prementes <strong>de</strong><br />

expansão os seus recursos energéticos.<br />

1 Des<strong>de</strong> 1992 o governo indiano tem vindo a eliminar o sistema <strong>de</strong> licenciamento para importações <strong>de</strong> bens<br />

intermédios e <strong>de</strong> capital, e tem vindo a reduzir o peso tarifário sobre as importações (<strong>de</strong> 87% em 1992 para 23%<br />

actualmente). Apesar dos esforços, a Índia ainda mantém restrições sobre importações em mais <strong>de</strong> 1 400 tipos<br />

<strong>de</strong> produtos sobre os quais inci<strong>de</strong>m tarifas, as quais são justificadas com base na situação da sua balança <strong>de</strong><br />

pagamentos, argumentação que foi em 1999 negada por um painel da OMC, da qual a Índia faz parte.<br />

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